Por Jairo Sá
O dia 23 de junho é o mais belo dos dias de São João. E tem também a mais bela noite, quando as fogueiras se acendem, aquecem e iluminam toda a cidade.
E é nesse dia que há mais de 40 anos, o grupo Caroá desfila pelas ruas de Bonfim, passando de casa em casa, levando alegria e desfrutando da hospitalidade das famílias.
É talvez a mais democrática e espontânea das diversas manifestações culturais da cidade. O grupo nunca dependeu de recursos públicos e nem da venda de camisas. O único adereço que o Caroá se permite é um lenço feito de tiras de chita, que alguns membros levam no pescoço.
Seu surgimento remonta ao final dos anos 70 do século XX, quando jovens, tendo à frente o agitador cultural Fernando Coelho com seu bandolim, iniciaram a brincadeira. Caroá é uma planta típica da caatinga cuja fibra é muito forte, assim como o grupo que se mostrou resistente, indissolúvel.
Houve época em que havia a preocupação do grupo se transformar no “Coroá” já que a idade de seus integrantes estava um pouco avançada, mas, felizmente, temos assistido a uma adesão de jovens, de músicos em especial, que é a promessa concreta de que o Caroá permanecerá vivo por muito tempo.
Que Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal nos concedam essa graça!
Viva São João! Viva o Caroá! Viva o povo bonfinense!