Brasileira chega à quinta medalha olímpica, igualando Torben Grael e Robert Scheidt como maiores medalhistas do Brasil.
Por Marcos Guerra/ge — Paris, França
Rebeca Andrade saltou para a prata em Paris 2024 e se tornou umas das maiores medalhistas olímpicas do Brasil. Com dois saltos perfeitos e elegantes, conquistou sua quinta medalha e empatou com os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt no panteão brasileiro de heróis olímpicos.
Campeã em Tóquio 2020, Rebeca dessa vez ficou atrás de Simone Biles e de seu salto impossível, o Biles II. A americana desafiou a gravidade mais uma vez para realizar o elemento que só ela consegue fazer. Sua compatriota Jade Carey ficou com a medalha de bronze.
As duas ginastas apresentaram o Cheng, e Rebeca teve uma nota maior do que a de Simone no salto, com 15.100 contra 14.900. O segundo salto de Rebeca foi um Amanar lindíssimo, pelo qual recebeu 14.833, terminando com a média 14.966. Mas Simone veio com o Biles II, com nota de dificuldade 6.4. Caprichou na execução, tirou incríveis 15.700 e garantiu o ouro com média 15.300.
Os saltos de Rebeca
Linda em um collant branco com pedrinhas azuis, Rebeca encantou o Bercy Arena com um Cheng impecável, alto, elegante e cravado, recebendo 15.100 no salto, de dificuldade 6.4.
A ginasta então apresentou o Amanar, de dificuldade 5.4, pela primeira vez nessa edição de Jogos Olímpicos, formando a mesma dupla de saltos com a qual conquistou o ouro em 2020. Lindo, de chegada cravada, o Amanar de Rebeca tirou a nota 14.833, terminando com a média 14.966
Simone já havia saltado nesse momento e Rebeca soube, ao receber suas notas, que não subiria ao lugar mais alto do pódio. Estava muito perto da prata, precisando aguardar a coreana Seojeong Yeo e a americana Jade Carey. Mas a prata era dela e estava guardada.