Velório de Rita Lee será aberto ao público no Ibirapuera; corpo será cremado

Cremação foi um desejo da cantora, que morreu na noite desta segunda-feira, aos 75 anos.

O Globo

Rita Lee – Foto: Divulgação

O velório de Rita Lee, que morreu na noite da última segunda-feira, aos 75 anos, será aberto ao público no Planetário do Parque Ibirapuera, na próxima quarta-feira, de 10h as 17h, conforme informações publicadas no Instagram da cantora. O corpo será cremado, de acordo com a vontade dela, numa cerimônia particular.

Rita, que foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença, morreu em casa, “cercada de todo amor de sua família”. Nos últimos tempos, ela vivia num sítio no interior de São Paulo com o marido, o músico Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos: Roberto, João e Antônio.

Rita, a padroeira da liberdade

(Por g1) Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.

Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” – preferia “padroeira da liberdade”.

Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. 

Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals.

Rita Lee durante gravação do especial ‘Mulher 80’, exibido na Globo em 1979 — Foto: Nelson Di Rago/TV Globo/Arquivo

Seu último álbum de canções inéditas em estúdio saiu em abril de 2012. “Reza” era, então, seu primeiro trabalho de inéditas em nove anos. A faixa-título foi a música de trabalho, definida por ela como “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”.

Ao todo foram 40 álbuns, sendo 6 dos Mutantes, 34 na carreira solo.

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