Assim como qualquer medicamento, os fitoterápicos verdadeiros estão sujeitos às regras e à fiscalização da Anvisa. O comércio de remédios por redes sociais ou em shoppings virtuais é proibido.
Por Jornal Nacional
Um estudo da Unicamp mostrou remédios vendidos na internet como naturais que contêm substâncias de uso controlado, que só poderiam ser vendidos com retenção de receitas.
Uma cápsula vendida pela internet promete ajudar a emagrecer. O rótulo diz que o medicamento é um fitoterápico – ou seja, 100% natural, feito exclusivamente à base de plantas medicinais. Mas, ao analisar a composição deste pó em laboratório, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, encontraram substâncias de uso controlado misturadas ao produto.
Todos esses são compostos sintéticos, que nada têm de natural. A bupropiona costuma ser receitada para quem quer parar de fumar. A fluoxetina é indicada para quadros de depressão. Já a sibutramina até ajuda a perder peso, mas deve ser usada em doses corretas e como parte de um programa mais amplo, que inclui dieta e atividade física, e sempre com a supervisão de um médico.
A presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia diz que não existe nenhum fitoterápico que, sozinho, seja indicado para perda de peso e alerta: só profissionais de saúde podem prescrever um medicamento, ainda que seja natural.
Assim como qualquer medicamento, os fitoterápicos verdadeiros estão sujeitos às regras e à fiscalização da Anvisa. Os produtos podem ser industrializados ou fabricados sob encomenda, em farmácias de manipulação.
E um detalhe: só estabelecimentos autorizados e licenciados podem vender pela internet. O comércio de remédios por redes sociais ou shoppings virtuais é proibido.