Setembro Amarelo: até onde vai o papel do psicólogo e do psiquiatra na luta contra o suicídio

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Setembro Amarelo: até onde vai o papel do psicólogo e do psiquiatra na luta contra o suicídio

Onde começa o papel do profissional de psicologia e o do médico psiquiatra quando abordamos o tratamento? Este é mais um dos muitos questionamentos que aparecem quando abordamos o Setembro Amarelo, toda a sua campanha de combate ao suicídio e a necessidade de se autoconhecer para obter sucesso no tratamento aplicado.

Há 11 anos, a campanha do Setembro Amarelo foi abraçada nacionalmente em busca de um reconhecimento da necessidade do cuidado da saúde mental. Psicólogo e coordenador do curso de Psicologia na Unex Centro Universitário de Excelência de Feira de Santana, o professor Claudson Santana, salienta sobre o sofrimento psíquico. “Nós precisamos ficar atentos a sinais, mas nem sempre as pessoas que estão passando por algum sofrimento apresentam sinais. O sofrimento psíquico ainda mata muito”, informa.

Mas a partir de quando o paciente tem que migrar o tratamento para um médico psiquiatra? A resposta vem diretamente do médico psiquiatra Dr. Elton Macedo. Segundo ele, é importante iniciar um tratamento junto a medicamentos assim que for identificada uma resistência do paciente em conversar ou negociar. “Nós iniciamos o tratamento psiquiátrico quando a intensidade dos sintomas toma a sanidade daquele paciente, quando ele não consegue mais fazer um juízo de valor. Nesse momento, o paciente já está em um nível de sofrimento psiquiátrico muito alto e necessita uma intervenção mais direta para um sucesso no resultado”, informa o Dr. Elton, que é professor no curso de Medicina da Unex de Feira de Santana.

Segundo dados do jornal The Lancet Regional Health – Americas e desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde – Cidacs da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, em colaboração com pesquisadores da Harvard, entre os anos de 2011 a 2022, a taxa de suicídios entre jovens no Brasil aumentou em até 6%. A taxa de autolesões para jovens de 10 a 24 anos aumentou em 29%. Em relação ao mundo, os números caíram. Os dados apontam uma redução de 36% na taxa de suicídios. Nas Américas, os números só aumentaram. No período dos anos de 2000 a 2019, a taxa de suicídio nas Américas aumentou em 17%. No Brasil, no mesmo período, o aumento foi de 43%.

Podemos falar que a pandemia da Covid-19 aumentou o número de suicídios, diante da incidência de depressão e ansiedade, mas os números, independente do momento, apontam que a crescente se manteve.

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