Por Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Solidão não é estar sem ninguém por perto. Solidão é estar cercado de tudo e ainda assim sentir-se vazio. Como disse Sêneca, não se trata da ausência de pessoas, mas da ausência de sentido, de conexão, de presença verdadeira — consigo mesmo e com o mundo.
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Podemos estar em uma sala cheia e ainda sentir a alma distante. O coração pode se calar mesmo quando há vozes ao redor. E isso acontece porque o que nos preenche não são multidões, mas vínculos. Não é o ruído externo que cura a solidão, mas o silêncio bem habitado — aquele em que nos reconhecemos, nos escutamos e nos aceitamos.
O vazio dói porque revela o que falta: não um outro, mas um encontro real — com a nossa própria verdade. A solidão que machuca não vem de estar só, mas de estar longe de si.
Preencher esse vazio não é tarefa fácil. Exige olhar para dentro com honestidade, cultivar relações que nutrem e se permitir existir de forma inteira, mesmo quando isso significa recomeçar.
Às vezes, o primeiro passo para sair da solidão é parar de fugir de si mesmo.