Governo quer ‘Enem’ para concurso público, com provas em 180 cidades, diz jornal

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Ideia é democratizar acesso aos processos seletivos para cargos no governo federal, hoje concentrados em grandes cidades.

Agência o Globo

Um estudo provisório prevê que 180 cidades recebam o exame, a maior parte delas concentrada nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos estuda a possibilidade de criar uma prova nacional que unifique todos os concursos públicos para cargos no governo federal. A prova teria um modelo de aplicação inspirado no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), sendo levada a localidades remotas do país e tendo um custo mais acessível, disse a titular da pasta, Esther Dweck, em entrevista à colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo.

Um estudo provisório prevê que 180 cidades recebam o exame, a maior parte delas concentrada nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste, escolhidas a partir de um levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Como serão as provas de concursos públicos?

A ideia é que o teste apresente questões de conhecimentos gerais, mas também específicas, relacionadas às áreas escolhidas pelos candidatos.

“É um processo de democratização do acesso para se tornar servidor público, mas também no sentido de que há uma retomada do processo de contratação para o setor, reforçando o fortalecimento do Estado brasileiro”, afirmou a ministra, que já anunciou a abertura de 8.146 novas vagas no governo federal para 2023.

Ela informou à coluna que ideia do exame unificado surgiu a partir da constatação de que muitas provas são realizadas nas grandes cidades. A experiência adquirida com a realização do Enem surgiu, então, como uma inspiração para remodelar os processos seletivos.

Além do Ipea, órgãos como o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e a AGU (Advocacia-Geral da União) já foram consultados sobre a viabilidade do projeto.

Na sexta-feira (25), a proposta foi levada a outros ministérios do governo Lula, autarquias, institutos de pesquisas e agências reguladoras.

“Ainda é um dia de escuta. Existe um grupo do governo muito empenhado em fazer isso”, disse Esther Dweck.

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