Pacientes são considerados “importados de outras localidades”.
Por g1 Bahia
Dois casos suspeitos de malária foram notificados pela Secretaria de Saúde de Juazeiro (Sesau), no norte da Bahia. Na sexta (10), o órgão confirmou que os dois pacientes são considerados “importados de outras localidades”, o que significa que a infecção não ocorreu no município, e sim, em regiões endêmicas.
A Sesau informou que o primeiro caso é o de um paciente que foi infectado em dezembro de 2022 no continente africano. Ele tinha realizado o tratamento na África, mas, ao retornar, apresentou sinais e sintomas da doença.
O segundo caso é de um paciente da região da Amazônia que, ao apresentar sintomas, buscou uma unidade de saúde e teve teste rápido com resultado positivo. Ele já iniciou o tratamento. A Vigilância Epidemiológica da Sesau acompanha o caso.
O que é a malária
A malária é causada por protozoários que infectam a fêmea do mosquito Anopheles darlingi. O mosquito vetor costuma picar no fim da tarde, durante todo o período noturno e ao amanhecer.
Existem cinco tipos diferentes da doença, de acordo com as espécies do protozoário Plasmodium: falciparum, vivax, ovale, malariae e knowlesi.
“O vivax e o falciparum são os mais comuns. Este último representa somente 15% dos casos no Brasil, mas é predominante na África e consideravelmente mais perigoso, oferecendo risco aumentado de complicações cerebrais, renais, pulmonares e também de morte. É por isso que a gente não vê tanta gente morrendo aqui. Mas à medida que o paciente fica doente mais tempo, pode desenvolver anemia grave em ambos os tipos”, explica o infectologista Marcus Lacerda, especialista em Saúde Pública pela Fiocruz-Amazonas e pesquisador da malária.