– Dia da Costureira

No Brasil, há 1,3 milhão de profissionais da costura que celebram o Dia da Costureira em 25 de maio ‑ de acordo com dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest). Cerca de 87% são mulheres e 78% possuem, apenas, o ensino fundamental.
Em todo o País essa categoria movimenta anualmente cerca de R$ 4,5 bilhões, o que significa cerca de 5% do faturamento total do setor de vestuário em geral, que hoje ultrapassa os R$ 90 bilhões, segundo a Abravest. Esses profissionais estão concentrados em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco, onde há a maior informalidade, principalmente nos polos industriais e comerciais do Recife.
Segundo Álvaro Egea, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção e de Vestuário de Guarulhos e secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a categoria é uma das que mais sofre com a precarização do trabalho.
“O setor do vestuário é o que mais emprega pessoas com menor qualificação, só perde para a construção civil. As costureiras são o motor das confecções. No entanto, muitas empresas têm fechado ou permanecido na ilegalidade devido às importações.
Tudo isso prejudica as trabalhadoras, que têm seus direitos achatados e os salários reduzidos. A maioria dessas profissionais são chefes de família, por isso é necessário que haja um maior zelo e cuidado com a categoria. É preciso criar uma política de valorização da indústria nacional”, explica.
Por ano, o Brasil consome quase nove bilhões de peças de vestuário, sendo que 15% (aproximadamente 1,4 bilhão) são importados. Desse percentual, 66% vêm da China, 15% de Hong-kong e 12% da Índia e outros países – dados do relatório de importações de 2013 da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Se esse um bilhão de roupas fossem produzidos no Brasil, haveria mais vagas, pois o setor do vestuário é uma indústria completa. Cria-se, assim, uma cadeia de contratações. Isso faz a economia de todo o Brasil se movimentar”, avalia o dirigente.
Para Marilene Guedes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção de Roupas de Barueri e Região, a categoria é fundamental para o desenvolvimento econômico nacional.
“Os conhecidos polos de confecção são grandes geradores de emprego para o setor do vestuário e também para a agricultura, já que para produzir o tecido ‑ que é a matéria prima da costureira ‑, é preciso do algodão, da seda e de outras fibras naturais”, destaca.
História da profissão
A costura é uma atividade tão presente na humanidade, que se torna difícil precisar, exatamente, o seu início. Os primeiros registros de instrumentos usados como agulhas (que, na época, eram feitos de ossos e marfim) foi há mais de 30 mil anos. A tecelagem também remete a tempos longínquos: mais de cinco mil anos atrás.
A profissão, que atualmente é dominada pelas mulheres, por muitos séculos era predominantemente masculina. Até o século 17, as costureiras só podiam retocar e ajustar peças para alfaiates e camiseiros.
Em 1865, a Inglaterra foi o primeiro país a reconhecer o trabalho das costureiras, entretanto elas não podiam ter seu próprio atelier. Com a revolução industrial veio a padronização da costura. A partir desse momento, toda a sociedade recorria às costureiras para fazer algo diferente do que era produzido até então no mercado.
A primeira máquina de costura a ser feita e patenteada foi idealizada para trabalhar com couro. O detentor da invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa máquina, na verdade, era usada para costurar calçados.
A primeira máquina de costura em nível industrial e dedicada ao vestuário foi a do alfaiate francês Barthelemy Thimmonier, em 1830. Este equipamento deu início à costura industrial, que promoveu uma competição desigual com os artesãos.
*CBS – Central dos Sindicatos Brasileiros
– Dia Nacional da Adoção
Lembrada em 25 de maio, data reforça a importância do convívio familiar
Por Instituto Recriando, organização integrante da Rede ANDI Brasil em Sergipe
A busca por um lar e por convivência familiar é um drama que faz parte da vida de milhares de crianças e adolescentes em todo Brasil. Diante disso, a alternativa mais segura para reinserir esses meninos e meninas no seio de uma família, possibilitando que eles se sintam seguros e sejam tratados com carinho e respeito é a adoção.
A adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta, conferindo às crianças e adolescentes adotados todos os direitos e deveres de filhos. Porém, essa possibilidade só deve ser cogitada a partir do momento em que forem esgotadas todas as tentativas para manter o menino ou menina em convívio com a família original.
Hoje, 25 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Adoção, uma data importante para lembrar que apesar da adoção ser um direito regulamentado e garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a todas as crianças que perderam a proteção de seus pais biológicos, ela precisa ser entendida não apenas como uma possibilidade de vinculação legal, mas como uma alternativa de criar uma relação afetiva que independe da gestação, mas que deve ser estabelecida através da convivência. Ou seja, a sociedade deve compreender que a adoção não é a última maneira de se ter um filho, mas uma outra forma de ser pai ou mãe.
O problema mais comum relacionado à adoção no Brasil é o fato da criança adotada sempre ser vista como o último recurso para pessoas incapazes de ter filhos biológicos. Talvez, esse ponto de vista seja um legado do antigo Código de Menores que, dentre outros posicionamentos discriminatórios, obrigava as famílias interessadas em adotar filhos a comprovar esterilidade.
Outra exclusão feita pela antiga lei diz respeito à sucessão hereditária, a qual dizia que filhos adotados não tinham direito à herança deixada pelos pais. No entanto, essa realidade foi mudada pelo novo Código Civil e pela Constituição Federal que asseguram aos filhos adotivos os mesmos direitos e deveres dos filhos legítimos.
Apesar dos importantes avanços sofridos pela legislação, é preciso que os mitos que rondam o processo de adoção sejam enfrentados e as verdades e os benefícios trazidos pela adoção sejam compreendidos da melhor forma possível por toda sociedade. Levando-se em consideração que a adoção é uma experiência nova na vida de pais e filhos adotivos e que naturalmente causa certa insegurança é preciso que eles se sintam apoiados e livres de preconceitos.
*Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente