A jornalista relembra sua caminhada profissional, agradece às oportunidades e anuncia uma nova fase guiada pela fé e pela gratidão
Por Blog do Eloilton Cajuhy – BEC
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A garotinha que sonhava em ser apresentadora de telejornal cresceu, enfrentou desafios, superou inseguranças e construiu uma história grandiosa no jornalismo baiano. Após quase 15 anos dedicados à profissão, Joyce Guirra compartilha um relato emocionante sobre sua jornada: dos primeiros passos na TV São Francisco ao papel de representatividade que assumiu ao longo dos anos. Em um texto repleto de afeto, consciência e espiritualidade, ela encerra um ciclo com gratidão e se prepara para um novo capítulo que, como afirma, está nas mãos de Deus.
Confira na íntegra esse depoimento inspirador:
“A garotinha que adorava brincar de locutora de rádio e sonhava em ser apresentadora de telejornal jamais imaginou ter uma história tão gloriosa pra contar. São quase 15 anos de uma profissão que me escolheu e que abracei com toda minha força, coragem e dedicação.
Ainda me lembro do frio na barriga e insegurança no primeiro teste. Da ligação do meu então chefe e amigo Josenaldo Rodrigues, poucos meses depois, me dizendo que não fui aprovada pra repórter, mas se quisesse iríamos tentar novamente começando com a contratação na vaga de produção. Eu aceitei. Entrei na TV São Francisco como produtora em agosto de 2011, uma jovem de 24 anos, cheia de sonhos e responsabilidades… e não é que em novembro do mesmo ano já estava encarando o desafio das ruas. Deu certo Josy, minha eterna gratidão pelo sim.
O jornalismo me ensina a lição mais valiosa da vida. Existo para servir ao outro. Nessa mais de uma década de trajetória, aprendi sobre empatia, resiliência, adquiri malícia pra interpretar o ‘não dito’, me indignei com injustiças, fui a ponte para cobrar direitos, e me tornei representatividade. Vi o jornalismo se transformar, chegada da TV digital, mudança na linguagem, quebra de padrões, invasão das mídias sociais. Vi gente preta ganhar espaço e compreendi a grandiosidade de ocupar esse lugar sendo uma das poucas repórteres negras das afiliadas do interior baiano por muitos anos.
Como é bonito olhar o passado e me orgulhar do caminho percorrido, ter a convicção de que fiz o meu melhor em cada entrevista, reportagem, ao vivo e encontro diário com o telespectador ocupando a bancada dos telejornais. A TV São Francisco sempre será para mim um lugar de lindas lembranças e boas amizades. Minha escola de telejornalismo.
Muito obrigada a todos que me acompanharam até aqui, guardarei com carinho cada palavra de admiração, abraços afetuosos, pedido de fotos e confiança no trabalho. Encerro esse ciclo com muita gratidão a Deus e imensa paz no coração. Estou pronta para o novo. Certa de que será o melhor, pois o enredo da minha existência está nas mãos do Senhor”.














