Alerta sanitário: especialista explica riscos da gripe aviária e orienta população sobre prevenção

FONTE: Grecy Andrade

Com transmissão rara em humanos, a gripe aviária reforça a importância da vigilância sanitária e dos cuidados no contato com aves e alimentos crus.

Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Foto: Pixabay

A gripe aviária, infecção causada por variantes do vírus Influenza, volta a preocupar especialistas em saúde pública. Embora atinja, sobretudo, aves silvestres e domésticas — como galinhas, patos e marrecos —, o alerta se acende quando há possibilidade de transmissão para humanos. O enfermeiro e biólogo Fábio Luiz Oliveira de Carvalho, especialista em Saúde Pública, ressalta que esse tipo de contaminação é raro, mas pode ter desfechos graves quando acontece.

“Os casos humanos geralmente ocorrem quando há contato direto com aves doentes, secreções, fezes ou no momento do abate e manipulação sem os devidos cuidados”, explica o especialista.

Os sintomas, segundo ele, vão além da febre e dor de garganta: podem incluir tosse, dores musculares intensas, dificuldade respiratória e evoluir para quadros como pneumonia e insuficiência respiratória.

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Subtipos como o H5N1 e o H5N8 já causaram mortes em diferentes partes do mundo e são considerados de alto risco. No entanto, Fábio tranquiliza a população: o consumo de carne de frango e ovos continua sendo seguro, desde que os alimentos sejam bem cozidos.

“O vírus é eliminado em altas temperaturas. O perigo está em consumir carne crua ou mal passada e no manuseio de aves doentes sem proteção”, alerta o biólogo.

O professor tranquiliza que, no Nordeste brasileiro, até o momento, não há registros de contaminação por esses subtipos mais perigosos. As autoridades sanitárias seguem em vigilância constante, monitorando criadouros e áreas de risco para contenção imediata de qualquer possível foco.

A prevenção continua sendo o melhor remédio:

  • Evitar contato com aves doentes;
  • Lavar as mãos após manipular alimentos crus;
  • Usar EPIs em granjas e abatedouros;
  • Notificar casos suspeitos de morte incomum de aves às autoridades locais.

“A gripe aviária é um risco real, especialmente em regiões com alta densidade de aves. Informação e cuidado com a higiene são as ferramentas mais eficazes que temos para evitar uma crise de saúde pública”, conclui o professor da Ages.

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