Procuradoria-Geral da República denunciou Domingos e Chiquinho e mais 3 pessoas: dois policiais que atuavam para a dupla e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
Por Bruno Tavares/g1 — São Paulo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) concluiu que Domingos e Chiquinho Brazão mandaram matar Marielle Franco (PSOL), em fevereiro de 2018, para impedir que ela continuasse a prejudicar os interesses dos irmãos e para intimidar a atuação do PSOL, partido da vereadora.
Segundo a PGR, a decisão foi tomada na esteira de uma série de ações da legenda que prejudicavam interesse dos Brazão – desde nomeações para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) até a regularização de loteamentos irregulares em áreas dominadas por milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A PGR denunciou Domingos e Chiquinho e mais 3 pessoas: dois policiais que atuavam para a dupla e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
“Foram nas divergências sobre as políticas urbanísticas e habitacionais que os irmãos Brazão perceberam a necessidade de executar a vereadora[…] Marielle se tornou a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar-lhe a postura”, diz o documento da PGR.
Na tarde desta quinta-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu o sigilo do processo de denúncia.