Vereador preso por suspeita de tráfico de drogas atuava na facção Bonde do Maluco desde 2020, afirma MP-BA

Segundo o Ministério Público da Bahia, as investigações apontam que o vereador era um integrante estrutural e multifacetado da organização criminosa, atuando de maneira contínua, estável e consciente

Por g1 BA e TV Santa Cruz

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Parlamentar foi preso por tráfico de drogas e associação ao tráfico — Foto: TSE

O vereador de Itabela, Lucas de Souza Lemos (União Brasil), foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia 8 de dezembro, por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento do tráfico.

Segundo o MP-BA, em novembro, ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar dentro da residência do líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), em Itabela, no sul da Bahia. No dia 9 de dezembro, a Justiça determinou a manutenção da prisão preventiva do vereador.

Conforme o MP, as investigações apontam que o vereador era um integrante estrutural e multifacetado da facção, atuando de maneira contínua, estável e consciente desde, pelo menos, o ano de 2020.

O g1 tenta localizar a defesa de Lucas de Souza Lemos.

A atuação dele na criminalidade teria sido intensificada em 2022 com funções que abrangiam o tráfico de drogas, seu financiamento e associação para o tráfico, com o compartilhamento de informações estratégicas da facção criminosa rival ao líder do BDM em Itabela.

Além disso, ele teria envolvimento em ações de contrainteligência, ocultação de provas de homicídio e obstrução de investigações.

Na época em que Lucas de Souza Lemos foi preso, outros dois suspeitos foram alvo da mesma operação. Um deles, que não teve o nome divulgado, tentou fugir, trocou tiros com a polícia e ficou ferido. Ele foi socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu.

Um revólver, munições, celulares e porções de drogas foram apreendidos com o suspeito.

Quando o parlamentar foi detido, a Câmara de Vereadores informou que acompanhava as investigações e que as medidas cabíveis seriam avaliadas e adotadas conforme a Lei Orgânica do Município e o regimento interno da Casa.

Em nota, o presidente do partido União Brasil, Jorge Leones Santana Costa, afirmou que todos foram surpreendidos pela notícia e que aguardava o desenrolar das investigações para deliberar a respeito do caso.

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