Verão exige cuidado com a pele para evitar o câncer mais comum no Brasil

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O carcinoma, conhecido como câncer de pele não melanoma, é responsável por 31,3% dos casos de câncer no Brasil.

Carolina Cerqueira/Newslink

Reprodução

Dezembro chega trazendo o colorido do verão no laço do mês para alertar sobre o carcinoma, o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros. O laço laranja reforça a importância do cuidado sistemático com a pele não apenas na estação mais quente e ensolarada do ano, mas também nas demais. O carcinoma é responsável por 31,3% dos casos de câncer no Brasil e é um dos tipos que podem ser evitados por meio da prevenção. Bem por isso, o dezembro laranja vem para marcar alguns hábitos necessários no nosso dia a dia, como o uso de protetor solar e óculos escuros.

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição ao sol. No Brasil, onde a radiação ultravioleta atinge índices altíssimos, é mais do que necessário pensar numa proteção diária, independentemente da exposição durante um momento de lazer, por exemplo, como explica Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe. “Estamos expostos ao sol a todo momento, não apenas quando estamos de férias na praia. Perdemos tempo no trânsito e, enquanto isso, estamos expostos”, alerta o médico.

O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. Além da exposição ao sol, a baixa imunidade e o histórico familiar podem ser fatores de risco. As áreas de maior exposição, segundo Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, precisam ser monitoradas com frequência e qualquer alteração na pele precisa ser analisada. “Identificar o câncer de pele no estágio inicial é fundamental para garantir o sucesso do tratamento”, explica Débora.

Até 2025, o Brasil deve diagnosticar 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo o carcinoma responsável por 30% dos casos, o que representa mais 220 mil casos da doença por ano. O câncer de pele é mais comum entre os homens, respondendo por 51% dos casos, por isso, vale o alerta para que esse público tenha mais atenção à própria saúde.

“O homem também precisa cuidar da pele, proteger a cabeça e os olhos. A informação ajuda a quebrar o preconceito”, afirma Vinícius Conceição. Ainda segundo o médico, observar o próprio corpo é fundamental para que possamos protegê-lo.

No caso das pintas, que podem indicar um tipo de câncer de pele, vale a regra do ABCDE. Se a pinta for assimétrica, tiver a borda irregular, apresentar dois tons ou mais, tiver a dimensão superior a seis milímetros e evoluir de tamanho ou apresentar alteração de cor, é muito provável que seja um tumor maligno, caso contrário, é considerado benigno.

O médico reforça que são vários os tipos de câncer de pele, sendo o carcinoma o mais comum e o mais simples de ser tratado. No entanto, o apelo da prevenção deve ser feito o ano todo e não apenas no mês de dezembro. “Vivemos num país tropical, com alta incidência de radiação ultravioleta. Portanto, o cuidado com a pele deve ser permanente”, alerta.

O tratamento para o câncer de pele costuma apresentar mais de 90% de chance de cura do paciente, que pode ser submetido à quimio, radioterapia ou até mesmo à cirurgia.

Proteger a pele é uma necessidade diária. Sendo assim, é essencial evitar a exposição prolongada ao sol no horário de maior incidência da radiação, entre 10 e 16 horas. Também é importante fazer uso de filtro solar, óculos escuros, chapéu ou boné. De acordo com a oncologista Débora Curi, manter uma rotina de exames também é fundamental para identificar possíveis alterações. “Estamos falando não apenas dos exames laboratoriais, mas também dos exames clínicos, em que podemos diagnosticar qualquer tipo de alteração na pele do paciente”, finaliza a médica.

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