Blog do Eloilton Cajuhy – BEC
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Na manhã desta sexta-feira (19), na sede do Ministério Público de Senhor do Bonfim, foi assinado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que estabelece as bases legais e de segurança para a realização da tradicional Guerra de Espadas. O ato marca um momento histórico para o município que, após oito anos de proibição, passa a construir de forma conjunta um novo caminho para a preservação dessa importante manifestação cultural.
O TAC foi assinado pelos promotores de Justiça Dr. Felipe Pazzola e Drª Isabela Santana, pelo prefeito Laércio Júnior, pelo presidente da Câmara de Vereadores Ary Urbano, pelo comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, Tenente-Coronel Nivaldo Mascarenhas, pelo secretário de Administração Leandro Feitosa, pela secretária de Cultura Jaqueline Araújo e pelo presidente da Associação Cultural dos Espadeiros de Senhor do Bonfim (Acesb), Alex Barbosa.
O acordo é resultado de um amplo diálogo entre espadeiros, Ministério Público, forças de segurança e Poder Municipal, demonstrando que é possível conciliar tradição cultural, legalidade e responsabilidade. O TAC não representa uma liberação irrestrita da prática, mas a construção de um modelo regulamentado, fiscalizado e com regras claras para que a Guerra de Espadas volte a ocorrer de maneira organizada e segura.
Entre as principais condicionantes estão a realização do evento em local previamente autorizado, a apresentação de Plano de Segurança e Contingência, a presença de atendimento médico, brigadistas e a atuação integrada da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e dos órgãos de saúde, cabendo ao Município a fiscalização e a garantia da infraestrutura necessária.
Outro ponto central do TAC é a exigência de regulamentação, certificação e controle dos artefatos utilizados. As espadas deverão ser fabricadas conforme normas técnicas, com certificação regular e fiscalização do Exército Brasileiro, etapa essencial para assegurar a segurança dos participantes e da coletividade.
A assinatura do TAC inaugura uma nova fase para a Guerra de Espadas. O desafio agora é avançar na certificação dos artefatos e consolidar um modelo seguro, garantindo que essa tradição continue viva como patrimônio cultural de Senhor do Bonfim, dentro da lei e com responsabilidade.
