Um sapo que vive no poço não conhece a grandeza do oceano

*Por História Esquecida

Essa ilustração foi feita por Roger Duvoisin, para o livro infantil “The frog in the Well”, que conta essa fábula, em 1958.

Este é um famoso provérbio chinês que tem origem numa conhecida fábula chinesa – O sapo no fundo do poço – imortalizada por Zhuang Zi, filósofo taoista do século IV a.C.

Reza a fábula que um sapo vivia no fundo de um poço. A partir dali, ele só via o interior dele e um pequeno pedaço de céu no topo do poço. Um dia, passou pelo poço uma tartaruga, a quem o sapo contou que ali tinha vivido toda a sua vida, e como estava feliz no poço. Contente com a vida que levava, pois possuía o poço inteiro e podia fazer o que quisesse: ali cantava, dançava, descansava nas fendas dos tijolos do poço, divertia-se com o lodo e o musgo, e como era feliz por ser a maior criatura e quem mandava ali.

A tartaruga perguntou-lhe: Porque você não sai, e vai conhecer o mundo? O sapo sorriu com desdém e respondeu: Porque eu iria fazer isso? O que mais eu poderia querer? Afinal, para ele, o poço e o pedaço de céu que via, eram o mundo inteiro e onde ele era feliz.

A tartaruga compadeceu-se da ignorância do sapo, e falou-lhe da imensidão do mundo do lado de fora do poço, como ele é enorme, variado e colorido, com espécies sem conta; falou-lhe do sol, da lua, das estrelas, da areia, das florestas marinhas e terrestres; e contou-lhe sobre as maravilhas que vira nas suas viagens por lagos e dos grandes oceanos.

E só então o sapo compreendeu como o seu poço era insignificante, tendo ficado atordoado na sua ignorância, ao perceber como a sua visão das coisas era limitada.

Em vários países asiáticos, não só na China, esse ditado ainda hoje é usado para se referir a pessoa que se acha a mais inteligente, mas possui uma completa ignorância sobre o todo, ou se recusa a saber algo para além de sua própria realidade.

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