Nas duas primeiras etapas da operação, 48 pessoas ligadas ao setor financeiro do esquema foram denunciadas e R$ 44 milhões do grupo foram alvos de bloqueio judicial
Por g1 BA
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Sete pessoas foram presas nesta quinta-feira (25), durante a terceira fase da “Operação Premium Mandatum”, que investiga uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro no norte da Bahia.
Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão nas cidades de Senhor do Bonfim e Juazeiro, na Bahia, e em Santa Catarina.
De acordo com o MP-BA, entre os alvos estão chefes, gerentes e facilitadores da organização criminosa, inclusive lideranças que já cumprem pena no sistema prisional. Eles são investigados por comandarem complexa organização criminosa com atuação em Senhor do Bonfim e outras cidades da região norte da Bahia, responsável por crimes de tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro.
Durante as buscas, foram apreendidos R$ 71 mil em espécie e aparelhos eletrônicos.
Bloqueio judicial de R$ 44 milhões
O MP-BA informou que a terceira fase da operação aprofunda as investigações que, nas duas primeiras etapas, resultaram na denúncia de 48 pessoas ligadas ao setor financeiro do esquema e em bloqueio judicial de R$ 44 milhões do grupo criminoso.
Veja abaixo como funcionava a estrutura hierárquica:
As investigações revelaram uma estrutura hierárquica bem definida, com um comando estratégico que ditava ordens de dentro do sistema prisional. Um dos chefes do grupo, mesmo encarcerado, comandava operações violentas, incluindo a ordem para execução de homicídios, e gerenciava a logística do tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas.
O esquema contava com a participação consciente de familiares, que, como facilitadores, cediam suas contas bancárias para pulverizar os valores e dificultar o rastreamento pelas autoridades.
O MP-BA considera a deflagração da terceira fase crucial para acabar com a cadeia de comando e interromper o fluxo de capital que financiava as atividades criminosas do grupo, que incluem, além do tráfico, homicídios e o comércio de armas.
A instituição afirma que com o material apreendido, novas provas serão produzidas para desarticular completamente a rede de lavagem de dinheiro e responsabilizar todos os envolvidos na estrutura criminosa.