A Bahia já iniciou uma força tarefa para combater o mosquito Aedes aegypti que transmite zika, dengue e chikungunya. Mas, em Senhor do Bonfim, os agentes de endemias, que são fundamentais nesse processo de combate, reclamam mais uma vez das condições de trabalho e denunciam que falta compromisso dos gestores para enfrentar o mosquito.
Centenas de trabalhos realizados em visitas domiciliares serão descartados sem ao menos alimentar o sistema de informações estadual de controle dessas doenças. Importante lembrar que Senhor do Bonfim é a 39ª cidade da Bahia considerada prioritária no combate ao mosquito tendo em vista sua colocação geográfica e situação climática.
Segundo dados da própria secretaria municipal de saúde apenas no mês setembro já foram notificados e confirmados os seguintes casos:
Dengue – 21 casos notificados, 14 confirmados, 5 inconclusivos e apenas 2 descartados.
Chikungunya – 86 casos notificados, 84 confirmados e apenas 2 descartados.
Zika vírus – 2 casos notificados, 1 confirmado e 1 descartado.
Os Agentes denunciam que a falta de estrutura adequada não é o único problema. Eles, que travaram uma verdadeira batalha para conseguir garantir direitos trabalhistas em uma greve que durou mais de 60 dias, que possivelmente ocasionou um surto dessas doenças na região, estão mais uma vez com suas atividades prejudicadas por conta da exoneração dos Supervisores de Equipe que são de fundamental importância para a execução das atividades, conforme determina o PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE EPIDEMIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, E DIRETRIZES NACIONAIS DE COMBATE AO AEDES AEGYPTI.
*BLOG DO ELOILTON CAJUHY – Com informações da Associação dos Agentes de Endemias