Eles lembram trajetória da religiosa, reconhecida pelo intenso trabalho social

Beata Dulce dos Pobres, Bem-Aventurada Dulce dos Pobres ou simplesmente Irmã Dulce. Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914, na Bahia, e dedicou a vida à ajuda ao próximo. A vontade de ser religiosa começou quando ainda era criança. Já na adolescência, deu início ao desenvolvimento de sua missão, e acolhia os necessitados na própria casa.
Mais tarde, já como freira, Irmã Dulce também ajudou na criação de um abrigo para os doentes, que depois se tornou o Hospital Santo Antônio, e até hoje atende milhares de pessoas. O senador Otto Alencar, do PSD baiano, que também é médico, lembra dos dias ao lado de Irmã Dulce, no hospital:
“Eu convivi com um ser superior, do ponto de vista da solidariedade humana. Eu aprendi muito com a irmã Dulce. Tinha uma frase dela dizendo que qualquer pessoa que tem poder de ajudar a outra, pra ser nobre tem que ajudar o pobre”.
Nem a saúde debilitada permitiu que Irmã Dulce parasse de trabalhar. Foram mais de 50 anos dedicados inteiramente às obras sociais. No dia 13 de março de 1992, o “Anjo Bom da Bahia”, como também era conhecida, faleceu. A senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, destacou a generosidade da religiosa e inúmeras ações sociais:
“Sou testemunha dessa vida santa de Irmã Dulce dedicada aos que mais precisam, e é neste sentido que acho que a Bahia é grata a Irmã Dulce. E o Brasil inteiro precisa reconhecer a obra magnífica que Irmã Dulce desenvolveu na Bahia”.
Antes de morrer, Irmã Dulce foi indicada ao Nobel da Paz pelo então presidente José Sarney. Já depois do falecimento, recebeu o título de “Serva de Deus” do Papa João Paulo II. E, em 2011, foi beatificada pelo Papa Bento 16.
*Da Rádio Senado, Gustavo Azevedo