Senado discute Política Nacional de Recuperação da Caatinga

FONTE: Cesar Mendes/Rádio Senado

A Comissão de Meio Ambiente adiou por 15 dias a votação

Blog do Eloilton Cajuhy

br.freepik.com/direitos reservados

Em análise na Comissão de Meio Ambiente, o projeto que cria a Política Nacional para a Recuperação da Vegetação da Caatinga tem como objetivos recuperar as áreas desmatadas e áridas do bioma; ampliar a produção de alimentos; desenvolver um sistema alimentar sustentável e adaptado à crise climática; estimular a bioeconomia; e contribuir para a segurança hídrica e a disponibilidade da água na região.

Para isso, a autora, senadora Janaína Farias, do PT do Ceará, sugere o incentivo às atividades agropecuárias e florestais sustentáveis; o combate à desertificação; e a participação da comunidade local na recuperação de áreas desmatadas, por meio de frentes de trabalho de recuperação da vegetação.

Mas o senador Jaime Bagatolli, do PL de Rondonia, solicitou mais tempo para analisar a proposta por entender que a Caatinga, como um dos seis grandes biomas brasileiros, já está amparada no Código Florestal que, segundo ele, define as áreas de preservação permanente, áreas de reserva legal e outras restrições de uso para a conservação dos nossos biomas.

(senador Jaime Bagattoli) ”Nova legislação poderia resultar em sobreposições normativas, gerando insegurança jurídica, além de possivelmente dificultar a gestão integrada das políticas ambientais. Essa duplicidade de leis poderia, ainda, comprometer a clareza e a aplicabilidade das normas, uma vez que o Código Florestal já cumpre adequadamente o papel de orientar o uso sustentável e a preservação da Caatinga”.

O projeto deverá voltar à pauta da Comissão de Meio Ambiente em duas semanas. Se aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja pedido para votação no Plenário do Senado.

Veja também

Lula afirma que vai vetar PL da Dosimetria

Declaração foi dada em entrevista coletiva no Palácio do Planalto Por Andreia Verdélio e Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil >> Clique aqui e