Polícia divulga características de suspeito de matar menina Beatriz

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Beatriz Mota – A vítima

Um homem negro, magro, de aproximadamente 1,65m e de cabelos crespos é o principal suspeito de ter assassinado a menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, durante uma festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro passado. A Polícia Civil adiantou, em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira, 8, os detalhes das investigações e pede ajuda da população para localizar o suspeito.

O caso começou a ser investigado pela delegada Sara Ferreira Machado, mas atualmente está sob os cuidados do delegado Marceone Ferreira Jacinto. Segundo ele, durante o evento, muitas pessoas avistaram o suspeito vestindo uma camiseta verde e caça jeans na escola. As testemunhas disseram ter visto o homem fingir que bebia água no bebedouro onde a criança disse que iria. Foi descrito como de “olhar assustador e intimidador”.

Uma criança ouvida disse que ele teria a chamado para buscar mesas e cadeiras, mas, com medo, ela correu. Até mesmo um funcionário da escola percebeu a presença do desconhecido e ficou no local esperando que outro aluno tomasse água para não deixá-lo sozinho com o homem.

Após 182 ouvidas, onze testemunhas relataram a presença do desconhecido com o comportamento considerado suspeito. Segundo a polícia, foram analisados diversos vídeos de câmeras de segurança próximos ao colégio e, nas imagens, foi identificada uma pessoa semelhante a descrita nos depoimentos. Uma reprodução simulada foi feita e constatou a presença do homem.

Para chegar ao suspeito, a polícia analisou as imagens internas e externas da escola, incluindo as do evento (feitas por fotógrafos, cinegrafistas profissionais e também imagens amadoras feitas pelos participantes). Foram analisadas 4.270 fotos oficiais da festa e mais de 5 terabytes de fotos e vídeos cedidos pela população.

Além disso, a faca utilizada também foi apreendida e analisada. No instrumento do crime, foi identificado um perfil de DNA masculino (no cabo da faca). Também foi encontrado material genético nas unhas da criança. “Nós queremos chegar nas pessoas que têm esses dois perfis de DNA. É um trabalho árduo. Temos uma equipe de investigação dedicada exclusivamente para isso”, adiantou o delegado Marceone Ferreira.

*Diário de Pernambuco

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