Período de seca na Bahia aumenta risco de queimadas; concessionária de energia faz alerta de segurança

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O estado já está enfrentando o período de onda de calor e estiagem, que se estenderá até março do próximo ano. Isso representa um risco significativo de incêndios, especialmente nas regiões norte e oeste da Bahia.

Blog do Eloilton Cajuhy

Reprodução

Os meses de setembro e outubro geralmente registram o maior número de incêndios no estado da Bahia, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo a Neoenergia Coelba, concessionária de energia no estado, neste ano, o aumento nas ocorrências começou um mês antes, em agosto, com um aumento de 29% nos casos de incêndio florestal. Essa elevação nas ocorrências está relacionada com alertas de baixa umidade em municípios da região norte, por exemplo.

De acordo com a empresa, o uso inadequado do fogo para limpar e preparar terrenos aumenta o risco de incêndios e causa danos ambientais graves, afetando também a vida cotidiana dos habitantes da Bahia. “Além disso, quando essa prática ocorre próxima às linhas de transmissão ou distribuição de energia, pode impactar o fornecimento de energia em várias áreas”, alerta.

As queimadas podem resultar na interrupção de energia, mesmo que as chamas não atinjam diretamente os condutores elétricos. Isso acontece devido à formação de um arco voltaico, gerado pela ionização do campo eletromagnético em torno dos cabos, causando curtos-circuitos, informou a concessionária.

André Figueiredo, gerente de subtransmissão do Setor Norte da Neoenergia Coelba, explica: “A presença de fuligem e o aumento da temperatura fazem com que o ar se torne condutor de eletricidade, possibilitando a passagem de corrente entre a fiação e o solo, assim como entre os cabos da linha de transmissão. Esse fenômeno pode resultar no desligamento da linha e na interrupção do fornecimento de energia aos clientes. Além disso, o calor e o fogo causam danos aos cabos e aos postes da rede elétrica”.

Ações preventivas da empresa

Antes do período de estiagem, a Neoenergia Coelba iniciou um plano de ações preventivas para evitar danos ao sistema elétrico causados por incêndios. Isso incluiu a manutenção das faixas de segurança em mais de 5.28 milhões metros quadrados nos municípios das regiões das gerencias norte e oeste, que historicamente tem maior registro de queimadas.

A Coelba ainda alerta que é importante lembrar que não é recomendado plantar dentro da faixa das linhas de transmissão, nem realizar o uso do fogo sob as redes e linhas de energia elétrica. A orientação é que os agricultores priorizem a colheita manual ou mecânica e mantenha os insumos distantes dos circuitos elétricos. O Decreto Federal nº 2.661, de julho de 1998, proíbe a realização de queimadas em áreas a pelo menos 15 metros de distância dos limites de segurança das linhas de transmissão e distribuição, e a um mínimo de 100 metros das subestações.

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Para evitar incêndios e garantir a qualidade do fornecimento de energia, a Neoenergia Coelba reforça as seguintes dicas:

  • Não jogue pontas de cigarro em áreas de vegetação, plantações, terrenos baldios ou acostamentos de rodovias;
  • Não queime ou jogue lixo próximo a plantações e matas. Materiais orgânicos (galhos e folhas) são combustíveis para o fogo, principalmente secos. Uma fagulha transportada pelo vento pode gerar novos focos de incêndio. É importante separar o lixo adequadamente e colocá-lo nos locais de coleta designados por seu município.
  • Evite queimadas para limpar pastagens, terrenos baldios ou áreas de plantações;
  • O emprego do fogo mediante queima controlada depende de prévia autorização; consulte o órgão da sua região;
  • O fogo pode danificar estais e sustentação de postes e torres de energia;
  • Caso identifique um foco de incêndio que atinja a rede elétrica, mantenha distância e não tente apagá-lo com água. É mais seguro acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 e entrar em contato com a Neoenergia Coelba pelo número 116.

A empresa lembra que as queimadas destroem os ecossistemas e a biodiversidade, provocando perdas irreparáveis na fauna e flora, além do aumento da emissão de gases do efeito estufa contribuindo negativamente com qualidade do ar e nas mudanças climáticas.

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