Para refletir: Cuidando de você

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on email
Share on telegram

Blog do Eloilton Cajuhy

Minha Mãe tinha muitos problemas. Não dormia e se sentia esgotada. Era irritada, rabugenta e azeda. E sempre estava doente… até que um dia, de repente, ela mudou. A situação estava igual, mas ela era diferente.

Certo dia, meu Pai lhe disse: – Amor, estou há três meses à procura de emprego e não encontrei nada. Vou tomar umas cervejinhas com os amigos. Minha mãe lhe respondeu: – Tudo bem. Meu irmão lhe disse: – Mãe, eu vou mal em todas as matérias da faculdade… Ela lhe respondeu: – Tudo bem, você já vai se recuperar, e se você não conseguir, repete o semestre, mas você paga a matrícula.

Minha irmã lhe disse: – Mãe, bati o carro. Minha mãe lhe respondeu: – Tudo bem filha, leve-o para a oficina, procure uma forma de como pagar e enquanto o arrumam, vá trabalhar de ônibus ou no metrô.

Sua nora lhe disse: – Sogra, venho passar uns meses com vocês. Minha mãe lhe respondeu: – Tudo bem, ajeita-se na poltrona da sala e procura uns cobertores no armário.

Todos nós na casa da minha mãe nos reunimos, preocupados, ao ver essas reações. Suspeitávamos que tivesse ido ao médico e ele lhe receitara uns comprimidos de ‘se virem de 1.000 mg’. Com certeza, também estaria a ingerir uma overdose.

Propusemos, então, fazer uma ‘intervenção’ a minha mãe para afastá-la de qualquer possível vício que tivesse para algum medicamento anti-birras. Mas qual não foi a surpresa, quando todos nos reunimos em torno dela e minha mãe nos explicou:

– Demorei muito tempo para perceber que cada um é responsável pela sua vida; demorei anos para descobrir que minha angústia, minha mortificação, minha depressão, minha coragem, minha insônia e meu estresse, não resolviam seus problemas, mas sim, aumentavam os meus. Cansei. Infelizmente. E, antes que eu tenha um AVC e venha a óbito, eu entendi que não sou responsável pelas ações dos outros, mas sim, sou responsável pelas reações que eu expresse diante disso.

Portanto, cheguei à conclusão de que o meu dever para comigo mesma, é manter a calma e deixar que cada um viva sua vida e resolva o que lhe cabe.

AD

Veja também