OPINIÃO – Finanças Pessoais: Como lidar melhor com meu Dinheiro?

*Por Ricardo Fernandes

investimento-melhorOrientações sobre Finanças Pessoais tem sido cada vez mais buscada pelos brasileiros que parecem estar mais conscientes da importância e do impacto deste assunto em suas vidas. Em geral o que todos procuram é uma relação saudável com seu dinheiro, de modo a obter satisfação e realização de sonhos e objetivos.

Uma vez entendidas as dificuldades e desafios pessoais envolvidos, algumas orientações dadas por vários educadores financeiros para a melhoria das finanças pessoais são:

1. Faça um controle de seus gastos

Muitas pessoas sentem que o dinheiro escorre entre seus dedos. Gastam compulsivamente, endividam-se e não sabem explicar racionalmente para onde o dinheiro foi e se realmente necessitavam de todos aqueles produtos. Um bom hábito para evitar gastos desnecessários é fazer uma lista do que foi comprado e do que se deseja comprar. Dessa forma ficará mais fácil entender no que se gasta e principalmente definir uma ordem de prioridades nos gastos, focando naquilo que é importante e que trará mais benefícios e satisfação como, por exemplo, uma viagem ou a compra de um imóvel.

Um teste simples para comprovar a eficiência das listas no controle de gastos e priorização de necessidades é ir ao supermercado com e sem uma lista de compras. Quando não há o planejamento prévio o resultado é que acabamos comprando mais do que o necessário para aquele momento;

2. Busque aumentar sua renda

Não acredite em fórmulas que ensinam “como enriquecer sem esforço”. A maneira mais segura de aumentar a renda é por meio do trabalho árduo, constante e disciplinado. Além disso, muitos estudos acadêmicos indicam que os anos de estudo formal (graduação, pós-graduação, cursos de atualização, etc.) também estão entre os principais fatores que aumentam a renda no decorrer da vida. Portanto a combinação entre trabalho e estudo é a que seguramente trará melhores resultados;

3. Poupe uma parte do que ganha

Poupar é, antes de tudo, um hábito. Separar uma parte do que se ganha hoje para planejar o futuro e permitir mais folga financeira é uma decisão bastante inteligente do ponto de vista financeiro. Quem consegue uma folga para investir conta com ótimas taxas de juros em várias aplicações financeiras como, por exemplo, o tesouro direto. Se houver o desejo de consumir um bem de maior valor no futuro, como trocar o automóvel ou reformar a casa, pode-se negociar com muitas vantagens o preço, uma vez que se dispõe da quantia necessária. Em outras palavras, compra melhor quem tem a famosa “bala na agulha”.

Vale ressaltar que há muitas outras orientações e que não existe uma única fórmula para todas as pessoas. É necessário que cada um faça uma análise de seu momento de vida e defina o quanto pode ou está disposto a mudar seus hábitos, visando buscar uma melhor relação com o dinheiro. Um ponto em comum em todas as orientações sobre educação financeira é a necessidade de se desenvolver disciplina no trato com o dinheiro para não ser escravizado por ele. Afinal, como também dizia outro poeta da Música Brasileira: “disciplina é liberdade” (Trecho da Música “Há Tempos” do Legião Urbana, letra de Renato Russo).

*Ricardo Fernandes é professor de economia e finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas-SP. O especialista está disponível para comentar o assunto. Para acioná-lo basta encaminhar a solicitação para o e-mail: imprensa@mackenzie.br

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