Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

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A borracha perguntou ao lápis: – Como está, meu amigo?
O lápis respondeu com raiva: – Não sou teu amigo, odeio-te.
A borracha, surpresa e triste, respondeu: – Por quê?
O lápis respondeu: – Por que é que você apaga o que eu escrevo?
E ela respondeu: – Eu só apago erros.
– E por que é que faz isso? – disse o lápis.
– Eu sou uma borracha, e este é o meu trabalho.
– Isto não é um trabalho – responde o lápis.
A borracha então retrucou: – Meu trabalho é tão útil quanto o seu. O lápis com tom duro disse: – Você está errada e arrogante, porque quem escreve é melhor do que quem apaga. A borracha respondeu: – Remover o que está errado é igual escrever o que está certo.
O lápis permaneceu em silêncio por um tempo, então, com um véu de tristeza, disse: – Mas vejo você ficando menor a cada dia. A borracha respondeu: – Porque eu sacrifico um pouco de mim sempre que apago um erro.
O lápis, com uma voz de choro, disse: – Também me sinto mais curto do que antes. A borracha consolou-o dizendo: – Não podemos fazer o bem aos outros, se não estivermos prontos para sacrificar algo de nós mesmos.
Aí ela olhou para o lápis com carinho e disse: – Você ainda me odeia? O lápis sorriu e respondeu: – Como eu poderia te odiar, quando você se sacrifica tanto?
Todos os dias você acorda, e tem um dia a menos. Se não puder ser um lápis para escrever a felicidade dos outros, seja uma boa borracha para apagar as suas dores e semear esperança e otimismo em suas almas, lembrando-os de que o futuro será mais brilhante.
Seja sempre grato.
Texto: Web