Blog do Eloilton Cajuhy

Era uma vez, um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinco praticando a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida.
Uma bela tarde, um amigo que o visitara comentou: “Eu não quero enfraquecer a sua fé, mas é estranho, parece que depois que você resolveu se tornar seguidor de Deus, sua vida começou a piorar”.
E o ferreiro disse: “Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado para transformá-lo em espadas. Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e, a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita, uma vez apenas não é suficiente”.
Em seguida, deu uma pausa e concluiu: “Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições, não para me punir, mas para fazer cumprir a Sua Lei. Tenho que aceitar as marteladas que a vida me dá, pois estou colhendo o que plantei. Às vezes, sinto-me frio e insensível como a água que faz o aço sofrer, por isso, a única coisa que peço, é que Deus me dê força e resignação, até que eu consiga tomar a forma que Ele espera de mim. E que Ele tente da maneira que achar melhor, e pelo tempo que for necessário.
Observação de de Rudymara – O ferreiro da estória é Deus, e nós somos a espada. Para que possamos evoluir espiritualmente, precisamos passar por fases que, muitas vezes, nos faz sofrer. Não porque Deus quer, mas porque transgredimos Suas leis. Quanto mais transgredimos, mais sofrimento na nossa vida. Pois, o sofrimento é conseqeência de nossa inconsequência. É a colheita do nosso plantio.
Texto publicado na página de Leilane Castro no Facebook