Nunca desista dos seus sonhos: A jornada de um chapeiro a enfermeiro

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Blog do Eloilton Cajuhy

Limassol, Chipre – Foto: Tomasz Huczek/Getty Images

Quando começamos a namorar, o pai dela me perguntou: “você trabalha?” Eu todo feliz, respondi que sim. “Você trabalha com o que?” – Eu sou chapeiro, trabalho no centro. Ele questionou: “O que um chapeiro faz?” Eu todo tímido respondi: eu faço hambúrguer senhor.

Minha namorada estava com olho arregalado, pegou na minha mão e disse: “pai, a gente vai sair e depois vocês conversam mais”.

Assim que saímos, ela disse: “Amor, não liga pro meu pai!” Eu falei que estava tranquilo, mas por dentro já me veio o medo de perde-la.

Saímos e foi tudo perfeito. Eu queria pagar a conta, mas ela fazia questão de rachar.

No dia seguinte quando fui busca-la em casa, eu ouvi o pai dela cochichar: “O que aquele assalariado tem pra te oferecer?” Nossa mano, aquilo acabou com a minha noite mais uma vez.

Quando minha mina saiu, ela estava tão linda e com um sorriso disfarçado, como se estivesse segurando o choro.

A gente foi numa pracinha e ela estava tão caladinha.

Eu perguntei: O que foi amor? “nada vida”. Eu olhei nos olhos dela e disse: – não desista de mim! Os olhos dela se encheram de lágrimas.

Eu estava no 9° período da faculdade de enfermagem. No último período comecei a fazer estágio. Oito meses depois, eu aposentei meu avental preto e estreei o meu jaleco branco.

Na minha formatura só estava ela e minha mãe. Elas estavam chorando com orgulho de mim. Peguei a rescisão, dei entrada em um apartamento de 40m². Meus amigos fizeram um chá de casa nova e mobiliei aos poucos.

Mesmo sem cama e sem sofá, adivinha quem tá grávida de 3 meses e tá aqui comigo hoje? Nunca desista dos seus sonhos, mesmo que seja difícil prosseguir.

Não importa como vocês vão começar, apenas comecem, lutem e sejam felizes.

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