Natal 2025 inaugura a Era do Consumo Emocional no Brasil e projeta uma virada histórica no varejo digital

FONTE: Jana Fogaça/Descomplica Comunicação

Volume projetado de R$ 19,8 bilhões transforma o Natal no maior termômetro psicológico do país; dados revelam que o brasileiro compra menos por preço e mais por significado, e isso pode redesenhar o varejo em 2026

Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Reprodução

O Brasil está prestes a viver o Natal mais simbólico, emocional e imprevisível de sua história recente. Um novo levantamento da Seconds estima que o período deve movimentar R$ 19,8 bilhões, crescimento de 8,5% em relação ao ano passado, e confirma uma virada estrutural no comportamento do consumidor brasileiro: não é o preço que determina a compra, é o vínculo.

O Natal volta a superar com folga a Black Friday, que fechou 2025 em R$ 7,88 bilhões. A diferença revela um país que, mesmo sob a narrativa de crise, mantém intacta a decisão de presentear, cuidar, marcar presença e reforçar laços, um consumo que não é racional, é profundamente humano.

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“O que estamos vendo não é apenas um pico comercial, é um fenômeno sociocultural”, afirma Ulysses Corrêa, Gerente Comercial da Seconds.

“O brasileiro compra para comunicar afeto. Compra para existir na vida do outro. E essa força emocional, quando ganha escala, move quase R$ 20 bilhões. Isso diz muito mais sobre o Brasil do que qualquer indicador econômico”.

Os dados mostram que as categorias que mais cresceram ao longo do ano, Saúde & Farma (+28%), Petshop (+22%) e Casa & Decoração (+19%), devem liderar o Natal 2025. O movimento confirma uma tendência global, mas com intensidade brasileira: presentes que transmitem cuidado, acolhimento e pertencimento.

Do outro lado, o mobile continua sua expansão silenciosa. O avanço de 4% nas compras via celular durante a Black Friday antecipa um Natal praticamente dominado pelas telas, com milhões de pedidos realizados à noite, nos intervalos do trabalho e no transporte público. “O brasileiro não vai mais ao Natal, ele leva o Natal no bolso”, ressalta Corrêa.

A Seconds também aponta a consolidação dos marketplaces como epicentro das compras natalinas. Com 36,5% de share de busca, o Mercado Livre entra no período com vantagem estratégica, reforçada pelo crescimento explosivo de autopeças (+32%) e supermercado (+25%) dentro da plataforma. Para a empresa, isso aponta para um Natal menos disperso e mais concentrado, com players gigantes assumindo o papel de shoppings digitais nacionais.

Para 2026, o cenário é claro: o Brasil está entrando em uma “Era do Consumo Emocional”, na qual o valor simbólico supera valor financeiro, e em que datas tradicionais voltam a exercer poder sobre o imaginário, mesmo em um país que passa o ano repetindo que vive dificuldades econômicas. “Se a Black Friday representa a racionalidade, o Natal representa a alma, e a alma do Brasil compra”, conclui Corrêa.

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