Meta e TikTok acatam AGU e retiram do ar fake news sobre Lula e Janja na Rússia

As postagens alegavam, de forma enganosa, que Janja teria embarcado com 200 malas contendo dinheiro desviado do INSS e que teria sido presa ao chegar ao país.

Por Agência Estado

Conhecida popularmente como Janja, Rosângela Lula da Silva é socióloga e nasceu em União da Vitória, no Paraná. Ela se formou em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com especialização em História, e fez MBA em gestão social e sustentabilidade – Foto: Ricardo Stuckert/PR

As plataformas Meta – dona de Facebook, Instagram e Threads – e TikTok removeram publicações falsas sobre a viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, à Rússia, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

As postagens alegavam, de forma enganosa, que Janja teria embarcado com 200 malas contendo dinheiro desviado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que teria sido presa ao chegar ao país, após a abertura de uma das bagagens por um agente.

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“Trata-se de conteúdo desinformativo com potencial de vulnerar a estabilidade institucional e de comprometer a integridade das políticas públicas tuteladas pela União”, argumentou a AGU.

A meio da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD) destacou que os conteúdos “atribuem falsamente à primeira-dama do Brasil, Janja, integrante da comitiva brasileira durante a viagem institucional, conduta de transporte de valores em espécie de origem ilícita, associada a uma suposta apreensão do material, que teria acarretado escândalo diplomático com autoridades da Rússia”.

Nas notificações, encaminhadas a partir de um pedido da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR), a AGU incluiu os links das postagens falsas e afirmou que a permanência desses conteúdos viola os próprios Termos de Uso das plataformas, além de representar um risco para a ordem democrática.

A AGU reforçou ainda que “as mensagens têm o condão de confundir o público interno sobre tema relevante (relações diplomáticas) e sensível (missão oficial do Estado brasileiro)”. Para o órgão, trata-se de desinformação manifesta, “desprovida de qualquer lastro ou evidência, pois expõem manifestação sobre ocorrências que não condizem com a realidade, com o efeito de enganar o público sobre as ações do Poder Público com vistas a estreitar laços com outros países”.

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