A desocupação ainda atinge 6,3 milhões de pessoas. Número de ocupados chega ao recorde de 102,3 milhões. Carteira assinada, rendimento médio e massa salarial também atingem máximas.
Por Raphael Martins, g1 — São Paulo

A taxa de desemprego no Brasil foi de 5,8% no segundo trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa do trimestre encerrado em junho representa a menor taxa da série histórica iniciada em 2012. A partir deste mês, os dados do IBGE passaram a ser recalculados com base no Censo Demográfico de 2022.
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Em comparação com o trimestre anterior, encerrado em março, houve queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, que era de 7%. No mesmo período de 2024, a taxa era de 6,9%.
Ao todo, 6,3 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o que representa uma queda de 17,4% (ou mais 1,3 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior, e um recuo de 15,4% (menos 1,1 milhão de pessoas) em comparação com 2024.
No trimestre encerrado em junho, a população ocupada foi estimada em 102,3 milhões de pessoas — novo recorde da série histórica iniciada em 2012. O número representa alta de 1,8% no trimestre (1,8 milhão de pessoas) e de 2,4% no ano (2,4 milhões a mais).
Com isso, 58,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil (14 anos ou mais) estão empregadas — é o que o IBGE chama de nível de ocupação. O aumento foi de 0,69 p.p. contra o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 1 p.p.
Carteira assinada bate novo recorde
O número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado cresceu 3% em relação ao ano anterior, alcançando 52,6 milhões. Houve alta nos dois comparativos: 1,3% no trimestre e 2,7% no ano.
Entre os empregados com carteira assinada, o total chegou a 39 milhões, o maior patamar da série histórica.
Contra o trimestre anterior, houve alta de 0,9%, com acréscimo de 357 mil trabalhadores. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,7%, o que representa 1,4 milhão de pessoas a mais.
Já os empregados sem carteira somam 13,5 milhões. No trimestre, houve alta de 2,6%, com acréscimo de 338 mil pessoas. Em relação a 2024, o número se manteve estável.
Rendimento registra alta
O rendimento real habitual atingiu o maior valor da série histórica, chegando a R$ 3.477. A alta foi de 1,1% no trimestre e de 3,3% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual também bateu recorde, estimada em R$ 351,2 bilhões. O valor representa alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 5,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.