Blog do Eloilton Cajuhy – BEC
Levantamento inédito da epharma aponta que, nos últimos seis anos, a venda de medicamentos para diabetes saltou mais de seis vezes na plataforma de benefícios de medicamentos, de 2019 para 2024. Para doenças cardiovasculares, o volume cresceu mais de quatro vezes no mesmo período e para transtornos mentais, mais de cinco vezes, refletindo o avanço do número de casos em todo o país.
Entretanto, o Nordeste foi a região onde houve maior variação. Os picos de venda foram registrados em 2023, quando a comercialização de medicamentos para diabetes aumentou mais de 12 vezes, enquanto o crescimento registrado para doenças cardiovasculares e transtornos mentais foi de mais de 11 vezes, em comparação com 2022.
“A geração e a análise desses dados são fundamentais para entendermos o perfil dos trabalhadores brasileiros que consomem estes medicamentos e, com isso, direcionarmos ações que ampliem a eficácia da prevenção e tratamento”, comenta Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.
Princípios ativos mais consumidos
Os dados do epharma demostram que os princípios ativos mais vendidos para tratamento de doenças cardiovasculares no período foram losartana, rosuvastatina e metropolol, que atuam na doença aterosclerótica – caracterizada pela formação de placas de gordura nas artérias.
“Essas medicações são indicadas de forma individualizada para o tratamento de hipertensão, dislipidemia, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias”, explica Lilian Cavalheiro, cardiologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
Em relação às doenças mentais, os princípios ativos com maior volume de vendas, entre 2019 e 2024, foram sertralina, clonazepan, escitalopram, venlafaxina e desvenlafaxina. As diferenças entre esses medicamentos estão relacionadas principalmente aos mecanismos de ação e indicações terapêuticas, que vão de depressão e ansiedade a insônia, segundo Alexandre Kakitsuka, psiquiatra do CEJAM.
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Já os princípios ativos mais vendidos para diabetes, nos últimos seis anos, foram metaformina, gliclazida, Dapagliflozina + metformina, semaglutida e dapagliflozina. “Estes são os mais utilizados pelos pacientes porque combinam três características marcantes para medicações de controle do diabetes e para tratamentos de doenças crônicas no geral, sendo elas a disponibilidade ampla e simplicidade do uso, o custo mais acessível e a boa eficácia clínica.”, finaliza Felipe Leão, médico endocrinologista do Hospital Orizonti.
