A ESTIMATIVA É DE UMA TAXA ATÉ 2 PONTOS PERCENTUAIS ACIMA, CHEGANDO A 8,1%, COM FORTE IMPACTO EM BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
A inflação deste ano será maior do que a prevista no projeto de lei orçamentária. É o que consta em um informativo conjunto divulgado pelas consultorias de Orçamento do Senado e da Câmara dos Deputados. Os especialistas estimam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor feche o ano em 8,1%, enquanto a proposta do Executivo traz uma previsão de 6,2%.
A diferença de quase dois pontos percentuais é significativa, já que o INPC é usado para reajustar, por exemplo, os benefícios previdenciários e assistenciais. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lembrou que a desvalorização do dinheiro compromete investimentos e reduz o poder de compra das famílias.
“Nós vivemos em um país em crise. Uma crise real. De fome e de miséria que bate à porta dos brasileiros, sacrificando a dignidade das pessoas. De inflação com a perda do poder de compra dos brasileiros, as coisas estão mais caras”, disse Pacheco.
Como o aumento da inflação ajuda a ampliar a arrecadação do Governo, o relator da Receita do Orçamento de 2022, senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, questionou se a estimativa de arrecadação para este ano estaria mantida.
“Quais são os critérios e a metodologia que o Ministério está empregando para prever a receita do Governo Federal para o próximo ano? É claro que se trata de uma previsão, é claro que vocês nunca vão acertar na mosca, mas eu queria saber a receita para este ano qual é a previsão e se a previsão feita para este ano de 2021 está tendo muita diferente”, falou.
O informativo também inclui uma projeção de crescimento do PIB para 2022 menos otimista que a do Executivo, caindo de 2,5 para 2%. Já a projeção para a taxa de câmbio é compatível com o mercado, com o dólar variando entre R$5,15 e R$5,20.