Governo desmente boato sobre corte de 800 mil benefícios do INSS

FONTE: Júlia Galvão/Folha de S.Paulo

Informação falsa vinculada ao pente-fino foi divulgada por sites, plataformas de vídeo e redes sociais, segundo o INSS

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Imagem com boato sobre corte de aposentadorias foi compartilhada em diferentes canais de comunicação, segundo o INSS – Assessoria de comunicação/INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faz alerta de que é falsa a afirmação de que o governo federal cortaria 800 mil benefícios de idosos com mais de 60 anos, principalmente aposentadorias. O boato, que foi compartilhado nas redes sociais, alega que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria confirmado a suposta lista.

Hoje o INSS tem dois pentes-finos em andamento para a revisão de benefícios: do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e de auxílios-doença, mas não há uma lista de cortes com 800 mil benefícios, segundo o INSS. Nem todos os convocados terão o benefício cortado.

O instituto faz, desde agosto, o pente-fino para a revisão do BPC, voltado para quem não tem inscrição no Cadastro Único ou está há mas de 48 meses sem atualizá-lo. O BPC é um benefício assistencial pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, que está previsto na Loas (Lei Orgânica da Assistência Social).

De acordo com o Ministério da Previdência, mais de 500 mil pessoas estão sendo convocadas para realizarem cadastro no Cras (Centro de Referência e Assistência Social) do seu município. Em um segundo momento, outras 517 mil serão avisadas sobre a necessidade de atualização cadastral.

Além dos beneficiários do BPC, também estão sendo convocadas para revisão outros 680 mil segurados que recebem auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária) por mais de dois anos. Segundo informou o governo, o Departamento de Perícia Médica Federal tem capacidade para realizar 800 mil perícias.

O ministro da Previdência Social Carlos Lupi afirma que a medida tem o objetivo de garantir que aqueles que recebem o benefício, de fato, precisam dele. “É uma determinação do presidente Lula: dar direito a quem tem direito. Não é justo pagar benefício a quem não precisa. Isso faz com que falte dinheiro para pagar quem realmente tem direito”, afirma.

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