GENTE QUE FEZ HISTÓRIA: Hoje é data de nascimento de Ariano Suassuna

 

Foto: Reprodução
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Nascido no dia 16 de junho de 1927 em João Pessoa, na Paraíba, Ariano Vilar Suassuna é um dos autores nordestinos mais famosos. Filho de Cássia Vilar e João Suassuna, Ariano e sua família saíram de sua cidade natal quando ele ainda era um bebê e foram morar no sertão.

Na Revolução de 30 ele perdeu o pai, que foi assassinado no Rio de Janeiro por motivos políticos. Depois disso a família se mudou para Taperoá, no interior do estado, onde ficou até 1937. Foi em Taperoá que Suassuna iniciou os estudos e teve a oportunidade de conhecer a cultura da região. Lá assistiu pela primeira vez uma apresentação de mamulengos e uma improvisação de viola.

Em 1943 se mudou para Recife, estudou no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. Nessa época ela ainda não havia entrado na faculdade, porém seus primeiros textos já eram publicados nos jornais da cidade. Em 1946 entrou na Faculdade de Direito, lá conheceu Hermilo Borba Filho, que era um dos líderes dos grupos de jovens escritores e artistas. Foi junto com Hermilio que fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco.

Um ano depois ele criou sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Com esta peça ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno. Um ano depois, em 1948, criou a peça Cantam as Harpas de Sião. E no ano seguinte, Os Homens de Barro.

Em 1971 iniciou sua trilogia com o livro O Romance d’A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue que vai-e-volta, o terceiro livro foi lançado em 1976, História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da Onça Caetana. Essa trilogia foi classificada por ele como “romance armorial-popular brasileiro”. Os dois primeiros romances dessa trilogia foram relançados em 2005 e essa segunda edição esgotou completamente em menos de um mês, algo surpreendente, pois este volume possuía quase 800 páginas.

Em 1975 foi nomeado Secretário de Educação e Cultura do Recife, onde permaneceu até 1978. Fez doutorado em História pela UFPE em 1976 onde defendeu a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Foi professor por mais de 30 anos, e neste tempo ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.

No ano de 1990, Ariano passou a ocupar a cadeira de nº 32 na Academia Brasileira de Letras, três anos depois foi eleito para a cadeira nº 18 da Academia Pernambucana de Letras. Em 1994 ele se aposentou pela UFPE e em seguida se tornou Secretário de Assuntos ao Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. E em 2000, passou a ocupar a cadeira de nº 35 da Academia Paraibana de Letras.

Ariano Suassuna morreu no Recife, no dia 23 de julho de 2014.

*Estudo Prático

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