Indicador de 2024 mantém tendência de recuperação após pandemia e consolida envelhecimento
Por Lucas Lacerda/Folha de S.Paulo
A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2024 para 76,6 anos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A previsão para homens, de 73,3 anos, é mais baixa do que a de mulheres, de 79,9 anos. O dado total supera o indicador do ano passado, de 76,4 anos, com 2,5 meses a mais do que o verificado em 2023, e mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19.
A taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,3 mortes para cada 1.000 nascimentos. O indicador também apresentou recuo em relação a dados do ano retrasado, que marcavam 12,5 mortes, e atualmente representa uma fração das 146,6 mortes a cada 1.000 nascidos no país em 1940.
De acordo com o IBGE, essa redução está associada a campanhas de vacinação e outras ações de saúde, como a atuação de agentes comunitários e programas de nutrição infantil, além de atendimento pré-natal e aleitamento materno e aumentos de renda, de escolaridade e de cobertura de saneamento nos domicílios.
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Assim como o índice geral, a expectativa de vida dos idosos também segue em crescimento. Uma pessoa que tinha 60 anos no ano passado teria, pela frente, mais 22,6 anos, segundo a média. Para homens, a projeção é de 20,8 anos, e para mulheres, mais 24,2 anos.
As estimativas integram as Tábuas de Mortalidade de 2024, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde. O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais com base no Censo Demográfico. Para 2024, a população projetada era de 212,6 milhões.
