Engasgos em idosos podem ser sinais de alerta emitidos pelo corpo

FONTE: Helder Azevedo/Biz Comunicação

Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Foto: iStock

Com o passar dos anos, o simples ato de engolir pode se tornar mais desafiador do que parece. Isso ocorre porque o envelhecimento afeta diretamente os músculos e os reflexos envolvidos na deglutição. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), cerca de 25% dos idosos saudáveis e independentes já apresentam algum sintoma de alteração na deglutição. Um estudo sobre idosos em casas de repouso revelou que a frequência de dificuldade de engolir varia entre 5,4% e 83,7% nessa população.

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A explicação está na perda natural de massa muscular, chamada sarcopenia, que também atinge os músculos da mastigação, da língua e da garganta. Além disso, há uma redução da sensibilidade na laringe e na faringe, o que faz com que o organismo demore mais para perceber quando o alimento segue para as vias respiratórias. O reflexo da tosse, que é um dos principais mecanismos de defesa contra o engasgo, também tende a ficar mais lento e menos eficaz.

As consequências vão além do susto momentâneo. Engasgos frequentes podem levar à pneumonia aspirativa, uma infecção pulmonar causada pela entrada de partículas de alimentos ou saliva nos pulmões. Além disso, o medo de engasgar pode levar o idoso a comer menos, resultando em perda de peso, desnutrição e isolamento social, alerta a fonoaudióloga Joseane Bouzon.

Mas é possível reduzir esses riscos com alguns cuidados simples. Especialistas recomendam manter uma boa postura ao se alimentar, mastigar lentamente, evitar falar durante as refeições e adaptar a consistência dos alimentos, preferindo texturas mais macias ou pastosas quando necessário. Sessões com fonoaudiólogos especializados em disfagia também ajudam a fortalecer os músculos da deglutição e a reeducar os movimentos de engolir.

“Engasgar com mais frequência não é apenas um ‘sinal da idade’, mas um alerta para mudanças fisiológicas que exigem atenção e prevenção. Identificar precocemente os sintomas da disfagia e buscar orientação profissional pode fazer toda a diferença não apenas para evitar sustos à mesa, mas para garantir qualidade de vida e segurança alimentar”, completa a fonoaudióloga.

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