Efeito Lula: vendas no varejo alcançam marca histórica com 14ª alta consecutiva

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De janeiro a julho deste ano, o volume de vendas no setor varejista cresceu impressionantes 5,1%; outros indicadores mostram economia aquecida

Comércio varejista cresce pelo 14º mês consecutivo – Créditos: Cláudio Gonçalves/Folhapress

O comércio varejista no Brasil voltou a registrar crescimento em julho, com aumento de 0,6% nas vendas, após uma leve retração no mês anterior. De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (12), o setor acumula uma alta de 5,1% entre janeiro e julho de 2024, sendo que nos últimos 12 meses o crescimento chega a 3,7%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o avanço foi de 4,4%, chegando à marca histórica de 14 meses consecutivos de altas.

A retomada do crescimento no varejo veio após ligeira queda de 0,9% registrada em junho, o que, segundo o IBGE, reflete um ajuste natural após o recorde de vendas observado em maio.

“Houve um crescimento nos cinco primeiros meses do ano que levou a uma condição de patamar bem alto, o maior da série histórica da PMC, em maio. Teve a queda de junho, mas a recuperação de julho é um ajuste nessa trajetória”, explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa. Com essa recuperação, o nível do varejo em julho ficou apenas 0,3% abaixo do recorde de maio.

Entre os setores que impulsionaram o resultado do mês, o destaque foi para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 1,7% em relação a junho.

Outros segmentos que contribuíram para o resultado positivo incluem Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%), Tecidos, vestuário e calçados (1,8%), Móveis e eletrodomésticos (1,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1%). Este último, aliás, destaca-se por sua forte recuperação em 2024, após um ano de 2023 marcado por dificuldades no setor. “Neste caso, é uma trajetória ainda mais substancial em 2024, após um 2023 de resultados difíceis, com a crise contábil que atingiu grandes lojas do segmento”, relembrou o gerente da PMC.

Por outro lado, dois setores apresentaram retração em julho: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,1%).

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, também teve resultados positivos em julho. A variação foi de 0,1% em relação a junho, com crescimento acumulado de 4,7% no ano e 3,8% nos últimos 12 meses. Em comparação com julho de 2023, o avanço foi mais expressivo, atingindo 7,2%.

O setor de veículos e motos e peças se destacou com crescimento de 20,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o setor de material de construção avançou 11,0% no mesmo período. O atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo também teve um leve aumento de 0,6%.

As expectativas para o segundo semestre seguem otimistas, com a possibilidade de o setor manter a trajetória de crescimento, impulsionado por uma economia mais estável e a recuperação de segmentos que enfrentaram dificuldades em 2023.

O desempenho do varejo será monitorado de perto nos próximos meses, especialmente com a chegada de datas comerciais importantes, como o Dia das Crianças e a Black Friday, que podem alavancar ainda mais as vendas.

Na quarta-feira (11), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE foi divulgada. Segundo os dados, o volume de serviços prestados no país cresceu 1,2% em comparação a junho, acumulando 2,9% de alta nos dois meses (junho-julho).

O setor atingiu um novo patamar recorde, ultrapassando o nível do mês anterior. Em relação a julho de 2023, houve um crescimento de 4,3%. No acumulado de 2024, o setor cresceu 1,8% frente ao mesmo período de 2023.

Os dados corroboram outra informação: segundo o IBGE, no segundo trimestre de 2024, a economia do Brasil demonstrou um crescimento robusto, com o Produto Interno Bruto (PIB) expandindo 1,4% em comparação ao trimestre anterior.

Esse crescimento foi impulsionado por melhorias em vários setores, apesar de uma queda na agricultura, que recuou 2,3% durante o mesmo período. Os motivadores do crescimento foram a indústria e os serviços.

Segundo a PMS, nos últimos 12 meses, o setor de serviços teve um ganho de dinamismo, passando de 0,8% em junho para 0,9% em julho.

O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares cresceu 4,2%, destacando-se em agenciamento de espaços de publicidade e intermediação de negócios.

Informação e comunicação também cresceram 2,2% de junho para julho, com alta acumulada de 3,8% em dois meses. O setor de “outros serviços” teve uma leve alta de 0,2% em julho, recuperando parte das perdas de 0,8% do mês anterior.

*Com informações da Agência IBGE de Notícias

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