Editorial: Independência ontem, hoje e sempre

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Por Eloilton Cajuhy

Imagem: Acervo do Museu Imperial de Petrópolis-RJ

O 7 de Setembro é uma data representativa para todos os brasileiros. Neste dia, comemoramos a Independência do Brasil, um marco que selou nossa autonomia frente ao domínio colonial. É uma oportunidade de relembrar a bravura de heróis que se ergueram contra a opressão, como D. Pedro I, que com seu grito às margens do Ipiranga, anunciou ao mundo a vontade de uma nação em ser livre. Foi um momento de coragem, determinação e um profundo desejo de autodeterminação. Mas, mais do que apenas um evento histórico, a Independência deve ser entendida como um processo contínuo que precisa ser renovado a cada geração.

Celebrar a Independência é também exaltar os sacrifícios e a coragem daqueles que, de diversas maneiras, contribuíram para o nosso país conquistar a sua soberania. Dos soldados no campo de batalha aos líderes que articularam os movimentos pela liberdade, cada um desempenhou um papel crucial na construção do Brasil como nação independente. Estes heróis nos inspiram até hoje, mostrando que a luta pela liberdade e pelo direito de decidir o nosso próprio destino é uma tarefa contínua.

No entanto, ao mesmo tempo que celebramos o passado, somos convocados a refletir sobre o presente. Hoje, nossa luta pela independência precisa se voltar para novos desafios. Vivemos em um país onde a corrupção na política mina a confiança das pessoas em suas instituições, desviando recursos que deveriam ser usados para o bem-estar da população. A corrupção não apenas rouba nosso dinheiro; rouba também a nossa esperança. Para sermos verdadeiramente independentes, precisamos libertar-nos das garras dessa prática vergonhosa, que impede o progresso e perpetua a desigualdade.

Dom Pedro I em pintura – Domínio Público/Museu Imperial do Brasil

Outro problema alarmante que assola a nossa sociedade é a violência contra as mulheres. Em um país que se orgulha de sua independência, é inadmissível que metade da população ainda precise lutar para ter seus direitos básicos respeitados. A agressão às mulheres é uma chaga que precisa ser extirpada, um problema que requer um esforço conjunto de todos os brasileiros. A independência verdadeira só será alcançada quando todas as pessoas puderem viver em segurança e dignidade, livres do medo e da opressão.

A luta pela independência do Brasil ainda não acabou. Ela transcende o grito de 1822 e se transforma em um apelo contemporâneo por justiça, igualdade e liberdade para todos. Ser independente hoje significa enfrentar de frente os desafios que nos impedem de crescer como nação: corrupção, violência, desigualdade. Precisamos resgatar o espírito dos heróis de outrora, que com coragem e determinação se levantaram contra a opressão. Que este 7 de Setembro seja uma renovação de nosso compromisso com um Brasil mais justo, honesto e seguro para todos.

Sejamos os heróis da nossa própria independência, construindo um futuro onde o verdadeiro sentido de liberdade seja vivido plenamente por cada cidadão. Afinal, a luta pela independência é um dever que pertence a cada um de nós.

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