Sem cura, o diabetes apresenta sintomas como sede intensa, cansaço e aumento da frequência urinária
Blog do Eloilton Cajuhy
O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Brasil possui uma população de mais de 203 milhões de pessoas. Com base nesses dados e nos mais recentes da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que apontam uma prevalência de 10,2% de diabetes entre os brasileiros, estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas convivam com a doença no país. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) confirma uma prevalência semelhante, de 10,5%.
Segundo a Drª Andressa Miguel Leitão, endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – regional Paraná, no estágio inicial da doença, muitos pacientes são assintomáticos, dificultando a detecção precoce. “Muitas vezes, os sintomas mais evidentes, como sede intensa, cansaço e aumento da frequência urinária, aparecem apenas quando a glicose ultrapassa 180 mg/dL. Já níveis de glicose acima de 126 mg/dL em jejum são diagnósticos de diabetes, exigindo tratamento e monitoramento constantes”, alerta.
A médica também destaca a importância de exames de rastreamento em pessoas acima de 35 anos ou em jovens com fatores de risco, como histórico familiar, obesidade e hipertensão. Segundo a especialista, o diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e prática de exercícios, podem retardar o avanço do diabetes e prevenir complicações graves, já que a doença não tem cura. “Quando sintomáticos, apresentam muita urina, inclusive acordando várias vezes à noite para urinar, muita sede, aumento do apetite, cansaço e dores no corpo”.
Soluções e conforto para pacientes com diabetes
Os principais tipos de diabetes são: Tipo 1, uma condição autoimune em que o corpo ataca as células que produzem insulina, comum em jovens e tratada com insulina; Tipo 2, o mais prevalente, associado a fatores como obesidade e sedentarismo, tratado com mudanças no estilo de vida, medicamentos e, às vezes, insulina; Gestacional, que aparece durante a gravidez e aumenta o risco de diabetes no futuro; e Diabetes Monogênico e outras formas raras, causadas por mutações genéticas que afetam a produção de insulina.
“A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e responsável por permitir a entrada da glicose nas células, fornecendo energia ao corpo. Na ausência ou ineficiência desse hormônio, a glicose se acumula no sangue e não entra nas células como deveria, o que pode causar complicações agudas e crônicas, colocando em risco a saúde do paciente que não controla seus níveis de glicose. O diabetes tipo 2 está fortemente associado à obesidade e ao sedentarismo, tornando o estilo de vida um fator crucial no seu desenvolvimento”, explica a Drª Andressa.
No caso de pacientes com diabetes tipo 2, a aplicação de insulina pode não ser sempre necessária. No entanto, para aqueles com diabetes tipo 1, a aplicação regular de insulina é fundamental.