Dino diz que acordo sobre emendas sinaliza caminho, mas não finaliza ações na corte

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on email
Share on telegram

Poderes chegaram a acordo para tentar encerrar crise, mas execução só será liberada após definição de critérios.

Por Folha de S.Paulo

Ministro do STF Flávio Dino chega para a reunião com os demais poderes, que selou acordo sobre emendas – Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino afirmou nesta quarta-feira (21) que o acordo firmado entre os três Poderes para tentar encerrar a crise das emendas sinaliza um caminho, mas que “não finaliza os processos”.

O magistrado disse que após o prazo de 10 dias estabelecido pelo acerto entre os três Poderes, ele deverá conceder nova decisão sobre o tema que deverá ser analisada pelo plenário do STF para o “julgamento definitivo”.

“Vai decorrer esse prazo de 10 dias para que a Câmara, o Senado e o próprio Poder Executivo se manifestem sobre alguns pontos. Aí vai haver outra decisão consolidando mais ou menos o que nós temos, vistas para AGU [Advocacia-Geral da União] e PGR [Procuradoria-Geral da União]. E a tendência é levar ao plenário para julgamento definitivo”, afirmou o ministro ao chegar ao Palácio do Planalto.

Dino disse que o acordo firmado pelos três Poderes “tem boas balizas, bons trilhos, que melhoram o sistema para frente”. O ministro acrescentou que Executivo e Legislativo devem cumprir o prazo de dez dias para definirem os novos critérios para a execução das emendas e que esse novo regramento deverá conter os itens de transparência, demandados pelo Supremo.

“Eu tenho absoluta certeza que os dez dias vão ser cumpridos. A reunião foi um bom clima. O documento, de fato, não tem essa força normativa, impositiva, mas claro que todo mundo vai cumprir”, afirmou o ministro.

“O acordo não finaliza os processos, tanto que as liminares estão valendo. O acordo sinaliza o caminho para o qual nós vamos chegar ao fim dos processos”, completou.

O ministro acrescentou que os próximos passos serão a elaboração das novas diretrizes. Após esse prazo, dará vistas para a AGU e para a PGR e depois levará a plenário.

A cúpula do Congresso Nacional, ministros do STF e integrantes do governo Lula (PT) anunciaram na terça-feira (20) um acordo para atenuar a crise envolvendo as emendas parlamentares, mas que ainda dependerá de novos critérios para confirmar a liberação das verbas.

Após decisão unânime da corte por suspender a execução de emendas impositivas até que deputados e senadores deem mais transparência aos recursos, uma reunião na presidência do STF com representantes dos três Poderes definiu que os repasses poderão ser retomados após a fixação de diretrizes em um prazo de dez dias.

Veja também