Dia do Orientador Educacional: profissional prepara as novas gerações para o futuro

FONTE: ISP – International Schools Partnership

Em escolas de educação básica e bilíngue, atuação tem como foco o desenvolvimento emocional, acadêmico e profissional dos alunos

Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Foto: Freepik

Celebrado em 4 de dezembro, o Dia do Orientador Educacional homenageia um dos profissionais mais estratégicos da escola na atualidade. Em um mundo em que profissões surgem e desaparecem rapidamente, competências mudam com velocidade e as crianças e jovens crescem em meio a altos níveis de ansiedade, os orientadores educacionais tornam-se fundamentais para apoiar estudantes e famílias na construção de caminhos acadêmicos, socioemocionais e carreiras consistentes.

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O orientador educacional é o profissional responsável por acompanhar a trajetória acadêmica, emocional e social dos estudantes, atuando como mediador entre alunos, famílias e escolas. Sua função envolve apoiar o desenvolvimento integral dos jovens, promover uma convivência harmônica, identificar necessidades individuais, orientar escolhas acadêmicas e profissionais e contribuir para a construção de projetos de vida.

Para desempenhar bem esse papel, o orientador educacional precisa reunir competências como escuta ativa, empatia, comunicação clara, inteligência emocional, postura acolhedora, capacidade de mediação de conflitos, visão pedagógica, pensamento crítico e sensibilidade para compreender diferentes realidades, interesses e contextos familiares.

Muito além da resolução de conflitos, esse profissional também acompanha o desenvolvimento integral dos estudantes, ajuda a interpretar emoções, orienta escolhas, media expectativas familiares e atua como ponte entre currículo, aprendizagem e projeto de vida.

“É essa combinação de habilidades humanas e conhecimento técnico que permite ao orientador criar ambientes seguros, fortalecer vínculos e favorecer aprendizagens significativas”, explica Ana Júlia Nunes Gonzalez, orientadora educacional do colégio Progresso Bilíngue Taquaral, de Campinas/SP.

O profissional é ainda um agente de construção de identidade, propósito e autonomia. “O orientador educacional ajuda os estudantes a compreenderem suas emoções, interesses e responsabilidades. É um trabalho de formação humana, que incentiva o autoconhecimento, equilíbrio e capacidade de fazer escolhas conscientes. Quando o aluno se sente acolhido, ele aprende melhor, relaciona-se melhor e cresce com propósito”, afirma Ana Júlia.

Para Carlos Augusto Lima, orientador educacional do Brazilian International School – BIS, de São Paulo/SP, o papel do orientador educacional tornou-se essencial em um cenário em que crianças e adolescentes enfrentam sobrecarga de estímulos, comparações constantes, ansiedade e pressão por desempenho. Segundo ele, o trabalho começa pela escuta ativa e pela construção de vínculos genuínos, que permitem identificar sinais emocionais muitas vezes invisíveis à família ou ao próprio aluno.

“O orientador educacional é quem acolhe, observa e compreende o estudante para além do aspecto acadêmico. Atuamos na mediação de conflitos, na promoção da convivência ética e no desenvolvimento de habilidades como empatia, autorregulação e resiliência. É um trabalho diário de apoio emocional que ajuda o aluno a se conhecer, lidar com frustrações e construir segurança interna. Sem esse cuidado, a aprendizagem não se sustenta”, explica.

Em um momento em que as escolas buscam adaptar o currículo às necessidades, interesses e planos de vida de cada estudante, o orientador educacional assume um papel estratégico para tornar a personalização do ensino realmente efetiva. É ele quem identifica o perfil de cada aluno, compreendendo suas habilidades, aspirações, ritmos de aprendizagem e áreas de desenvolvimento, para então articular com a equipe pedagógica as melhores oportunidades dentro do currículo flexível, seja em itinerários formativos, projetos interdisciplinares, disciplinas optativas ou atividades de aprofundamento.

Segundo Samuel Ferreira Gama Junior, orientador de carreiras da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo (SP), essa mediação cuidadosa é o que transforma possibilidades acadêmicas em escolhas conscientes e sustentáveis.

“Personalizar o ensino significa oferecer caminhos, mas também ajudar o aluno a entender quem ele é e como pode aproveitar essas oportunidades. O orientador faz essa ponte: escuta, analisa e orienta, para que cada estudante construa um percurso alinhado aos seus interesses, às competências que deseja desenvolver e aos seus projetos de vida. Quando escola, família e aluno caminham juntos, as escolhas deixam de ser aleatórias e passam a ser intencionais e significativas”, afirma.

Em um cenário profissional marcado pela incerteza no futuro e pelo uso crescente da Inteligência Artificial, o papel do orientador educacional torna-se ainda mais decisivo. Na Escola Internacional de Alphaville – EIA, de Barueri (SP), esse trabalho começa pelo entendimento profundo do estudante, suas forças, talentos, valores, interesses e ritmos de aprendizagem, para que ele possa construir um caminho de futuro que faça sentido para quem ele é hoje e para quem deseja se tornar.

Segundo a psicóloga, pedagoga e gestora da EIA, Ana Claudia Favano, o desafio não é direcionar escolhas, mas ampliar perspectivas, oferecendo ao aluno ferramentas para avaliar possibilidades como ingresso em universidades no Brasil ou no exterior, construção de carreira em áreas tradicionais ou emergentes e até a opção por trilhas de empreendedorismo, sempre alinhadas ao seu projeto de vida.

“Nosso papel é ajudar cada estudante a reconhecer seu perfil e suas aspirações, para que tome decisões consistentes e conscientes. Alguns se identificam com carreiras acadêmicas, outros com áreas tecnológicas, criativas ou científicas, e muitos descobrem vocação para empreender. A orientação educacional organiza esse processo: amplia o repertório, conecta oportunidades e dá segurança para que o jovem escolha seu caminho com clareza e propósito”, explica.

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