Desocupação ainda atinge 8,1 milhões de brasileiros. Por outro lado, população ocupada chegou a mais um recorde histórico, de 101 milhões de pessoas. A média anual de 2023 ficou em 7,8%.
Por Raphael Martins, g1
A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,4% no quarto trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média anual de 2023 ficou em 7,8%. (saiba mais abaixo)
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre julho e setembro, o período traz redução de 0,3 ponto percentual (7,7%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 7,9%. É a menor taxa trimestral desde janeiro de 2015, para um trimestre encerrado em dezembro, desde 2014.
Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados teve queda de 2,8% contra o trimestre anterior, atingindo 8,1 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em março de 2015.
No trimestre, houve crescimento de 1,1% na população ocupada, que chegou ao recorde de 101 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 1,6%, com mais 1,6 milhão de pessoas ocupadas.
Assim, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,6%, alta de 0,5 p.p. no trimestre. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a alta é de 0,4 p.p.
O número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 0,8% no trimestre, estimado em 109,1 milhões. A população fora da força totalizou 66,3 milhões, uma redução de 0,8% no período.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 7,4%
- População desocupada: 8,1 milhões de pessoas
- População ocupada: 101 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,3 milhões
- População desalentada: 3,5 milhões
- Empregados com carteira assinada: 37,9 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
- Trabalhadores domésticos: 6 milhões
- Trabalhadores informais: 39,5 milhões
- Taxa de informalidade: 39,1%
Rendimento em alta
O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.032. No ano, o crescimento foi de 3,1%. “Houve aumento no grupamento Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa”, destaca o IBGE.
Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 301,6 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 2,1% frente ao trimestre anterior, e cresceu 5% na comparação anual.
Taxa média de desemprego em 2023
A taxa de média de desemprego no Brasil em 2023 foi de 7,8%. Esse é o menor patamar desde 2014, quando a taxa foi de 7%. O resultado também representa uma redução em relação aos números registrados em 2022, quando a taxa média de desemprego foi de 9,3%.