O julgamento do ex-policial militar e ex-investigador da Polícia Civil, João Macedo dos Santos, que seria realizado nesta terça-feira (12) foi adiado para o próximo dia 16 de junho. Os advogados de defesa do réu renunciaram a defesa horas antes da sessão de julgamento.
Os réus terão dez dias para indicar novo advogado ou serão defendidos por um defensor público. O crime aconteceu em outubro de 2011 na residência do casal, na Travessa Castro Alves, Bairro do Mercado. A vítima, a estudante Márcia Regina Macedo, foi algemada e espancada, e morreu em consequência dos fortes golpes que recebeu do esposo.
Depois de cometer o crime, João, que já foi policial militar e trabalhava como investigador da polícia civil, desde 2009, limpou o local para não deixar vestígios e levou o corpo para um local na estrada que liga Bonfim ao município de Antonio Gonçalves para forjar um acidente e tentar enganar a polícia.
A Secretaria de Segurança de Pública, através da Polícia Civil do Estado, abriu inquérito para apurar o caso. Inicialmente, João Macedo foi afastado da função. Depois, demitido através de ato publicado no Diário Oficial do Estado, por se tratar de funcionário público concursado. Desde então, ele foi colocado à disposição da justiça.
Um membro da família de Márcia Regina, que pediu anonimato, disse que a família “não sabe se isso [renúncia do advogado de defesa] é uma estratégia para ganhar mais tempo. A gente quer justiça e estamos tão perto”, disse.
Familiares e amigos de Márcia Regina protestaram do lado de fora do fórum. Muitos usavam camisas com a foto de Márcia e pediam justiça. João Macedo, chorava durante todo o tempo em que ficou sentado escoltado pela polícia.
*Blog do Walterley Kuhim / Adaptação Eloilton Cajuhy – DRT 3621
