O objetivo é promover debates, palestras e eventos abrangendo todos os aspectos da doença.
Da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra
Na semana que compreender o dia 10 de outubro, será comemorada a Semana Nacional de Conscientização sobre a Depressão. A lei já está em vigor e traz uma série de objetivos para o enfrentamento da doença. Entre eles, a promoção de debates, palestras e eventos abrangendo todos os aspectos da depressão, a implementação de políticas públicas e divulgação dos avanços obtidos em diagnóstico e tratamento.
Todo esse esforço de mobilização é para que os números alarmantes da doença sofram queda no Brasil. No Senado, a relatora da iniciativa foi a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, que é médica. Ela alertou sobre os últimos dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde.
Zenaide – “Dados divulgados pela OMS apontam que, até 2030, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas. Segundo a instituição, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos despendidos com o tratamento da população e às perdas de produção, e que as nações pobres serão as mais atingidas”.
Para Zenaide, além da conscientização sobre a depressão, a campanha anual pode ser uma forma eficiente de diagnosticar a doença nos primeiros estágios:
Zenaide – “Essa Semana Nacional para dar conscientização sobre a depressão é importantíssima. E a gente vem vendo cada vez mais pessoas com depressão. Com essa pandemia da covid a gente tá vendo cada vez mais. E sabe o que é grave? É que muitas vezes os próprios familiares ou o paciente não quer admitir que está doente aos primeiros sintomas e muitas dessas pessoas terminam num quadro bem mais grave”.
A depressão é uma doença grave e cada vez mais comum na sociedade. Seus fatores e sintomas são variados, mas se você perceber irritabilidade, ansiedade, incapacidade de sentir alegria ou prazer, desregulação no apetite, dores e sintomas físicos difusos, insônia, apatia ou cansaço excessivo, procure um médico.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 90 e 95% dos pacientes apresentam melhora de quadro com ação antidepressiva. O próprio Sistema Único de Saúde oferece tratamento, que pode se realizado na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial e nos ambulatórios especializados.