Cresce procura por crédito e cooperativas são alternativa

Por Clas Comunicação e Marketing

O saldo de crédito concedido pelos bancos a pessoas físicas e jurídicas deve dar um salto em 2022, de acordo com projeção do Banco Central. A expectativa é que, com o poder de compra menor e o crescimento do endividamento em todo o país, o aumento seja de 18,6% no crédito para famílias e de 9,6% para pessoas jurídicas.

O aumento na procura por crédito é resultado direto do impacto da pandemia nas finanças dos brasileiros. De acordo com a instituição financeira cooperativa Sicredi, o volume total de crédito liberado nos últimos dois anos foi de R$ 6,7 bilhões, somente nas agências do Norte e Nordeste. Em Pernambuco houve aumento de 11% do volume de propostas de crédito no em 2020, em comparação ao ano anterior. Já uma pesquisa realizada pela Serasa revelou que oito em cada dez brasileiros buscaram crédito durante a pandemia.

Para o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Norte/Nordeste, Robinson Kokeny, mesmo com a pandemia, as cooperativas da região conseguiram evoluir na liberação de crédito. “Relativamente, o Sicredi registrou um crescimento de sua carteira de crédito. Porém, motivados pelo aumento da Selic, os empréstimos ficaram mais caros em todo o mercado financeiro e a tendência é de alta na inadimplência, afirma.

Essa maior demanda é acompanhada também do aumento de um dos maiores pesadelos para quem precisa recorrer ao crédito: os juros. Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano, o que encarece o acesso ao crédito.

Cartão de crédito é o maior vilão

Além de ter tarifas mais justas e linhas de crédito variadas, as cooperativas podem auxiliar na hora de evitar o maior vilão do endividamento: o cartão de crédito.

Segundo o BC, em novembro de 2021, 19,13% dos clientes que usam o rotativo – juros cobrados quando a fatura do cartão não é paga integralmente – tinham atraso no pagamento entre 15 e 90 dias: praticamente o dobro do ano anterior, quando 9.68% dos clientes estavam com esse atraso.

“O problema não está no cartão de crédito, mas no seu consumo consciente. Compre apenas o que precisar, procure sempre planejar seus gastos e suas compras, e estabeleça limites e objetivos, são algumas orientações que nós do Sicredi repassamos aos nossos associados durante nosso atendimento”, finalizou Robinson Kokeny.

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