Compras pela internet: Como destruir etiquetas de encomendas e evitar fraudes

É recomendável apagar as informações pessoais de etiquetas e envelopes, sem se esquecer de que fornecemos muitos dados para empresas – e vazamentos dessas bases são uma realidade

Por Henrique Martin, g1

Embalagem com os dados pessoais borrados com um carimbo de privacidade — Foto: Luciana de Oliveira/g1

Destruir os dados pessoais nas etiquetas de pacotes de lojas on-line ou envelopes com contas é um passo para proteger a privacidade das suas informações quando elas forem para o lixo.

Embalagens enviadas pelos Correios e outras transportadoras utilizadas pelas lojas da internet vêm com informações que a gente está acostumado a ver – como nome e endereço – e fáceis de borrar com carimbos de privacidade e canetas com marcação permanente.

Mas os códigos de barras e QR Codes colados na caixa escondem dados que não conseguimos ver.

>> Clique aqui e entre no canal do BEC no WhatsApp

É importante rasgar ou carimbar os dados pessoais impressos nas encomendas, incluindo os QR Codes, segundo a empresa especializada em gestão de identidade digital Idwall.

As informações dos códigos podem ser utilizadas de forma mal-intencionada.

Outros exemplos de dados presentes nas etiquetas são as informações do código de acesso da nota fiscal, com 44 dígitos, que inclui nome completo, CPF, valor gasto e telefone do consumidor.

Então, destruir os dados da etiqueta da encomenda é só um passo extra para se proteger, porque toda hora fornecemos informações pessoais para empresas – como farmácias e drogarias, por exemplo.

A recomendação de rabiscar/borrar as etiquetas também é válida para envelopes com informações pessoais, como os de contas e outros documentos ao serem descartados.

Para ficar em um exemplo de informações expostas na internet, vale lembrar que os dados de mais de 223 milhões de brasileiros – incluindo CPF e data de nascimento – vazaram em 2021 e estão disponíveis na dark web (sites que existem em redes anônimas e que normalmente são utilizados para circulação de conteúdo ilegal e atividade criminosa).

Segundo o relatório “Indicador de Tentativas de Fraude”, da Serasa Experian, no Brasil há uma tentativa de fraude a cada 4,2 segundos.

Só no primeiro semestre de 2025 foram 7 milhões de tentativas de fraude registradas pela empresa.

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) serve para estabelecer padrões sobre quais dados são pessoais ou sensíveis, além de trazer regras acerca de como essas informações devem ser tratadas e armazenadas por empresas.

Veja também