Check-up cardíaco deve compor a rotina de autocuidado, diz cardiologista

FONTE: Jana Fogaça/DIT - Descomplica Comunicação

No Dia Internacional do Autocuidado, médico reforça a importância dos exames preventivos e hábitos saudáveis para reduzir riscos de doenças cardiovasculares.

Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Reprodução

Nesta quinta-feira, dia 24 de julho é celebrado o Dia Internacional do Autocuidado, uma data que reforça a importância de atitudes simples, porém decisivas, para manter a saúde em dia. O Hospital Cardiológico Costantini (HCC), em Curitiba-PR, chama a atenção para um dos pontos mais críticos da saúde pública: a prevenção de doenças do coração, responsáveis por um terço das mortes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

“Muitos pacientes não se atentam aos sinais emitidos pelo corpo e também não realizam o check-up de rotina. Em alguns casos, acabam não se considerando um risco em potencial e, por isso, não realizam exames periódicos. Essa prática pode identificar a possibilidade de desenvolver uma doença associada. Ou seja, o risco existe, mas ainda não há sintomas. Quanto antes os pontos críticos forem descobertos, mais fácil fica de tratar, controlar, em certos casos, até de reverter”, afirma a cardiologista Bianca Prezepiorski, do Hospital Costantini.

O check-up cardíaco inclui exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço e exames laboratoriais, além de avaliação clínica completa. “Os exames, e todas as informações que eles trazem, são ferramentas importantes para mapear a saúde do coração e orientar mudanças de estilo de vida ou tratamento precoce. No entanto, eles não são os únicos. Pois, como as doenças do coração têm causas multifatoriais, é importante fazer uma abordagem completa, que se preocupe com hábitos alimentares, sedentarismo, qualidade de sono, histórico familiar, entre outros. Por isso a avaliação cardiológica acaba sendo mais completa, pois observamos o todo”, reforça a médica.

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Além dos exames, o autocuidado diário, como controlar o estresse, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física, também é parte vital da prevenção. “Cuidar do coração é um compromisso contínuo, não uma ação isolada. O corpo dá sinais e aprender a ouvi-los é parte do autocuidado”, destaca Dra. Bianca.

Sintomas que merecem atenção

Embora muitas doenças cardíacas se desenvolvam de forma silenciosa, alguns sinais não devem ser ignorados:

  • Dor ou pressão no peito, especialmente durante esforço físico;
  • Falta de ar em atividades simples;
  • Palpitações ou sensação de batimentos descompassados;
  • Tontura ou desmaios;
  • Inchaço nas pernas e tornozelos;
  • Fadiga constante e sem motivo aparente.

Nas mulheres, geralmente os sintomas são diferentes. “Elas não costumam ter a clássica dor no peito. Mas, dores na mandíbula, náuseas e queimação acabam sendo sintomas mais frequentes. É preciso estar atento e buscar atendimento médico caso tenha qualquer sintoma”, reforça a cardiologista.

Autocuidado diário: atitudes que fazem diferença

O Hospital Costantini orienta que a prevenção não está restrita ao consultório. Atitudes cotidianas são essenciais para manter o coração saudável. Confira algumas práticas recomendadas:

  • Manter o corpo ativo e buscar acompanhamento profissional para praticar exercício físico com segurança;
  • Reduzir o consumo de sal, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados;
  • Controlar o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC);
  • Monitorar a pressão arterial regularmente;
  • Parar de fumar e moderar o consumo de álcool;
  • Priorizar o sono e gerenciar o estresse com técnicas de relaxamento;
  • Realizar exames de rotina com periodicidade adequada para cada faixa etária.

“Autocuidado é sobre assumir a responsabilidade pela própria saúde. O coração é resiliente, mas precisa de atenção contínua. Esperar o sintoma aparecer é correr risco desnecessário”, finaliza Dra. Bianca.

Atenção redobrada para quem…

  • Tem histórico familiar de doenças cardiovasculares;
  • Está acima do peso;
  • É hipertenso, diabético ou tem colesterol alto;
  • Vive uma rotina estressante ou sedentária.

O alerta do Hospital Costantini é direto: o coração não espera. E os cuidados com ele também não devem esperar pelos sintomas.

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