Caso Davi: laudos que podem ajudar polícia nas investigações são revelados

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Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Foto: Arquivo da família

O Departamento de Polícia Técnica da Bahia apontou como indeterminada a causa da morte de Davi Lima da Silva, de 11 anos. O Portal do Casé obteve acesso aos laudos nesta terça-feira (4). O caso Davi é um dos mais misteriosos da Bahia porque, após mais de três anos do desaparecimento do menino, sua ossada foi encontrada em uma serra no município de Itiúba.

Exames no DPT confirmaram que o material, enterrado no último dia 18 de janeiro, era do garoto. A declaração de óbito, que aponta a causa indeterminada, foi assinada pelo perito médico-legal Darcy Muritiba Júnior. “Exame de ossada sem lesões aparentes”, descreveu ainda o profissional no documento oficial do DPT.

Peritos ouvidos pela reportagem do Portal do Casé, que não podem se identificar por ter vínculo com o DPT da Bahia, sustentam que a descrição “sem lesões aparentes” apontam para uma morte sem uso de armas ou objetos contundentes, pelo menos nos ossos localizados. Já o laudo de Exame Pericial, confeccionado pelo perito criminal Rondinelli Alves de Souza, traz observações sobre a Serra dos Marruás, também em Itiúba, local onde a ossada foi achada, no dia 22 de novembro de 2024.

Foto: Arquivo da família

Uma descrição que chama a atenção é que o local não estava isolado pela Polícia Civil ou Militar. Isso porque os restos mortais tinham sido achados por vaqueiros no dia 21. No final da tarde daquela data, a Polícia Civil foi à região e constatou a informação. ”No momento dos exames no local, não foram observados objetos, roupas ou coisas que pudessem estar relacionados ao fato”, escreveu, ainda, o perito. Segundo ele, o local onde a ossada foi localizado tratava-se de um córrego, com água descendo em períodos de chuva acentuada.

Investigações

A Polícia Civil da Bahia trata o caso Davi Lima como homicídio, mas trabalha em segredo e nunca deu uma resposta sobre o desaparecimento do menino. A situação é investigada pela Delegacia Territorial de Itiúba, com apoio da 19ª Coordenadoria de Polícia Civil de Senhor do Bonfim. O inquérito já teve até apoio do Departamento de Homicídios.

Dentre os pontos que chamam a atenção neste caso está a constante troca de delegados durante o curso das investigações. A última foi Maria Elisa Padilha, exonerada do cargo no mesmo período em que a ossada foi encontrada.

”Desde que esse fato chegou ao conhecimento da Polícia Civil, em 2021, várias diligências foram feitas e vários delegados trabalharam nesse inquérito. Inicialmente, o coordenador regional, Felipe Néri, além do atual coordenador, Atílio Tércio. Pedimos apoio da delegacia de desaparecidos, do DHPP. Por fim, Elisa Padilha. Ela trabalhou pouco tempo no inquérito porque saiu de licença médica”, revelou a titular do Depin, Rogéria Araújo, durante entrevista em 2024.

Padilha, no início de 2024, fez uma reconstituição do caso. “Assim que ela assumiu a delegacia de Itiúba, por orientação do coordenador, foi representado pela reconstituição. Nos últimos dias tivemos a surpresa de informação de moradores do local da localização de uma ossada humana, em uma área onde as buscas não chegaram. É uma área extensa de matagal. Na época, nada foi encontrado. Agora, foi achada essa ossada”, completou Rogéria Araújo.

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