Calendário do PIS/Pasep 2026 é aprovado; veja as datas e entenda o que muda para o trabalhador

Abono salarial será pago conforme o mês de aniversário e terá mudanças nos critérios de renda a partir de 2026

Por Cristiane Gercina/Folha de S.Paulo

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O calendário de pagamento do PIS/Pasep 2026 foi aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) em reunião nesta terça-feira (16). Os pagamentos começam a ser feitos em 15 de fevereiro, conforme a Folha antecipou.

O benefício será pago a 26,9 milhões de trabalhadores. A data da liberação leva em conta o mês do aniversário e o dinheiro fica disponível até o último dia útil do calendário bancário em dezembro do ano que vem.

Têm direito ao abono salarial profissionais com carteira assinada e servidores públicos inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, que tenham trabalhado formalmente ao menos 30 dias no ano-base, que é 2024, recebendo até R$ 2.765,93. O empregador deve, ainda, ter informado os dados corretamente na Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

Nascidos emData de pagamento
Janeiro15 de fevereiro
Fevereiro15 de março
Março e abril15 de abril
Maio e junho15 de maio
Julho e agosto15 de junho
Setembro e outubro15 de julho
Novembro e dezembro15 de agosto

Sérgio Luiz Leite, presidente do Codefat, avaliou de forma positiva a reunião desta terça, com a apresentação das projeções do abono salarial pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo ele, o calendário de pagamentos de 2024, que se encerra em dezembro, já atingiu quase 100% de execução, o que demonstra um índice considerado muito bom.

A equipe técnica do ministério também apresentou as novas regras do abono salarial, que passam a desvincular o reajuste do benefício do salário mínimo. A partir de agora, a correção será feita com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), conforme estabelecido por emenda constitucional em 2024.

A projeção é que, até 2035, o benefício alcance o equivalente a até 1,5 salário mínimo para os trabalhadores elegíveis.

Leite destacou ainda que foram apresentadas estimativas de gastos com o programa e reforçou a importância do abono salarial como instrumento de distribuição de renda no país. “É uma política de distribuição de renda no Brasil, sobretudo de trabalhadores com menor renda. E isso tem impacto positivo na economia, no comércio local e na própria geração de empregos.”

As datas foram propostas pela MTE há cerca de 15 dias, após deliberação com outros órgãos do governo federal, como os ministérios da Fazenda e do Orçamento e Planejamento. Os últimos calendários propostos pelo Planalto foram aprovados por unanimidade pelo conselho, que tem representantes de trabalhadores, de empregadores e do governo.

No calendário de pagamento de 2025, foram identificados 26,5 milhões de trabalhadores com direito ao benefício. Até o final de novembro, o governo pagou R$ 30,6 bilhões, o que corresponde 99,42% do total de beneficiários.

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