Em entrevista à TV Bahia, psicóloga enfatizou importância de manter lar saudável sobre reclusão pode causa da pandemia
Por TV Bahia

Buscar informações apenas em fontes confiáveis e estabelecer uma rotina para os dias de isolamento social: essas são as principais recomendações dos profissionais da saúde mental para o período da pandemia do coronavírus.
Em entrevista à TV Bahia nesta segunda-feira (23), a psicóloga Andréa Bahia deu dicas de cuidados com a saúde para ajudar a passar o período de reclusão.
“A gente vive um período de grandes desafios agora. Ninguém esperava essa demanda de isolamento social. Então existem algumas consequências, sim, para nossa saúde mental. Existe o risco de aumento de conflitos dentro de casa, em função da coexistência aí de crianças, pais, com atividades completamente diferentes, tendo que compartilhar espaços pequenos”, disse Andréa.
A psicóloga avalia que o isolamento pode agravar sintomas de quem tem o diagnóstico de doenças como transtorno de ansiedade e depressão.
“Existem riscos de aumentar os sintomas de ansiedade, existe também o risco de piora de alguns casos já estabelecidos de saúde mental”, ponderou.
Andréa avaliou ainda que estamos em um período de prevenção, já que o isolamento social começou há poucos dias. A psicóloga dá dicas de como passar o período sem afetar a saúde mental.
“Como a maioria dos profissionais [de saúde mental] têm disponibilizado informações, uma das principais medidas, na verdade, é a gente buscar informações sobre o Covid-19 de fontes seguras, de autoridades. Tentar controlar um pouco esse volume, porque isso tem um efeito negativo sobre a nossa capacidade de lidar com as emoções, tem um efeito negativo sobre como a gente vai lidar com nossas famílias nesse espaço”, exemplificou.
A psicóloga pondera ainda que as dificuldades de adaptação da rotina, principalmente nos casos das famílias que têm crianças, pode gerar conflitos. Para ela, a organização é o principal caminho para evitar brigas em casa.
“Nesse momento, [a organização] é muito importante. Uma dica que a gente tem dado é uma organização prévia dessas atividades, que essas informações possam ser distribuídas de uma forma equilibrada. Não adianta acordar de manhã e querer simplesmente, de imediato, resolver as coisas. Tem que pensar nisso de uma forma antecipada, para que se possa ter menos efeitos e minimizar esses desafios, conflitos e até problemas causados para essas crianças”, disse.